O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a fazer duras críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na manhã desta terça-feira (15). Em publicação nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro acusou Tarcísio de agir de forma “subserviente às elites” e o responsabilizou por não criticar com firmeza o que chamou de “regime de exceção” que estaria "comprometendo a economia e as liberdades no país".
“Prezado governador Tarcísio, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda”, escreveu Eduardo em sua conta no X (antigo Twitter).
O ataque foi uma resposta a uma declaração de Tarcísio à CNN, em que o governador, questionado sobre o desagrado de Eduardo, que considerou sua atuação junto à embaixada dos Estados Unidos um “desrespeito”, afirmou "não ver problema" nas queixas do filho do ex-presidente. “Estou olhando para São Paulo, para o setor industrial, para a nossa indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, empreendedores e trabalhadores”, disse Tarcísio à CNN.
Nos últimos dias, Tarcísio se reuniu com representantes do governo norte-americano. A tentativa foi interpretada por Eduardo como uma afronta. “O Tarcísio utilizou os canais errados. O filho do [ex-]presidente está nos Estados Unidos e tem acesso à Casa Branca”, afirmou o deputado licenciado, em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele ainda acusou o governador de tentar “costurar por fora” um acordo que “vai acabar em mais um acordo caracol”.
Eduardo Bolsonaro tem reiterado que não pretende retornar ao país enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não for sancionado internacionalmente — e chegou a dizer que cogita renunciar ao mandato. “Muito provavelmente vou abrir mão do mandato. Eu não vejo a possibilidade de eu voltar, porque se eu voltar, eles chamam para me prender”, afirmou.
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