Nesta terça-feira (6/5), as centrais sindicais, junto aos movimentos sociais e estudantis, realizaram um ato em protesto contra a alta da taxa básica de juros. A manifestação aconteceu em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo.
O protesto, que é tradicional por parte dos movimentos sociais, coincide com o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre nos dias 6 e 7 de maio e definirá a nova taxa Selic. Atualmente, os juros estão fixados em 14,25% ao ano, um patamar considerado excessivamente elevado por diversas entidades sindicais e movimentos sociais, que argumentam que os juros altos penalizam a população, travam o crescimento econômico e dificultam a geração de empregos.
DINHEIRO NA MÃO DE UMA MINORIA
Em 2024, a riqueza total dos bilionários aumentou em R$ 2 trilhões, com a criação de 204 novos bilionários. Isso representa uma média de quase quatro novos bilionários por dia. A riqueza dos bilionários cresceu três vezes mais rápido em 2024 do que em 2023. Cada bilionário teve sua fortuna aumentada, em média, em R$ 2 milhões por dia. Para os dez bilionários mais ricos, suas fortunas cresceram, em média, R$ 100 milhões por dia. E esse mesmo estudo, companheiros e companheiras, demonstra que os senhores das grandes empresas tiveram um aumento, de 2019 até 2024, 56 vezes maior por dia”, disse.
“Isso demonstra a injustiça de um sistema que coloca dinheiro na mão de uma minoria, enquanto a grande maioria está trabalhando cada vez mais para sobreviver. Essa é a realidade do povo. É por isso que nós estamos aqui lutando contra a independência do Banco Central, porque o Banco Central não tem independência. Eles estão a serviço desses bilionários, desses sanguessugas, desses assassinos sociais. É isso que representa essa luta pela redução da taxa de juros, para que a gente possa colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento, por valorização do trabalho, por direitos trabalhistas e distribuição de renda para o nosso povo”, afirmou Renê.