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Política Sábado, 27 de Dezembro de 2025, 11:46 - A | A

Sábado, 27 de Dezembro de 2025, 11h:46 - A | A

Preços dos alimentos seguram inflação, enquanto juros abusivos do BC beneficiam apenas agiotagem dos bancos e especuladores, mostra IBGE

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Com câmbio em baixa e boa produção agrícola, os preços dos alimentos deram uma trégua, e o IPCA-15, prévia do índice oficial de inflação, fechou 2025 com alta de 4,41%, informou ontem o IBGE. O resultado ficou dentro do limite de tolerância da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 3% em 12 meses, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos. Foi a primeira vez que o IPCA-15 de um ano fechado ficou dentro dos limites desde 2021.

Não fossem os preços dos alimentos e a variação anual do IPCA-15 estouraria o teto conforme ocorreu de 2021 a 2024, prova inconteste de que os juros extorsivos do Banco Central serve apenas para enriquecer a agiotagem dos bancos e especuladores, além de sucatear as políticas públicas e atrasar o desenvolvimento do país.

Segundo economistas, o alívio dos alimentos foi decisivo. Sem isso, a inflação poderia estourar a meta. Isso porque a pressão dos juros altos não funciona sobre os serviços, que reagem mais à procura. Já os preços de alimentos são mais sujeitos a choques de oferta, como quebras de safra devido ao clima. Em dezembro, a alta de 0,25% no IPCA-15 foi impulsionada pelo grupo Transportes, com o avanço de 12,71% das passagens aéreas e de 9% do transporte por aplicativo. No acumulado do ano, a Habitação (6,69%), puxada pela conta de luz, foi o grupo que mais pesou.

Já o grupo Alimentação e bebidas subiu 3,57%. Quando se considera apenas a alimentação no domicílio, a alta foi de 1,94% no ano, segunda menor variação desde 2017. Só perde para 2023, quando recuou 0,82%.

Os alimentos são importantes porque respondem por 18% da cesta de consumo que compõe o cálculo do IPCA e, por isso, ajudam a segurar a inflação agregada, lembra André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

CENÁRIO ELEITORAL

O alívio na inflação de alimentos é importante para o cenário eleitoral, porque isso costuma pesar na avaliação popular sobre a economia e os governos.

Os preços dos alimentos são muito perceptíveis e afetam diretamente o dia a dia das famílias. Dessa forma o ano termina bem. O preço do alimento está caindo, as pessoas estão voltando a acessar coisas que ficaram mais caras. Mesmo a taxação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante. É um cenário diferente de 2021 e 2022.

A vitória do Lula sobre o Bolsonaro foi bastante influenciada pela inflação de alimentos, que subiu 8,24% em 2021 e 13,23% em 2022.

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