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Política Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025, 11:27 - A | A

Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025, 11h:27 - A | A

Segundo a PF deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante teriam usado servidores para desviar recursos públicos

DA REDAÇÃO

Em mais um desdobramento de investigação contra parlamentares, no final da semana o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou uma operação contra os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), ambos suspeitos de desviar dinheiro público da cota parlamentar — verba que deveria ser usada para o exercício do mandato.

Durante ação de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo no apartamento de Sóstenes, em Brasília, escondido em um saco de lixo dentro de um armário.

Segundo as investigações, os dois deputados teriam usado servidores de indicação política para desviar recursos públicos.

Esses valores, reservados para o pagamento de aluguel de carros, teriam sido lavados por meio de empresas de fachada “em benefício próprio” dos congressistas. Contratada com verba da Câmara, a empresa Harue Locação de Veículos Ltda está no nome de uma mulher que recebeu R$ 4.500 de auxílio emergencial nos últimos anos, mas pertenceria “de fato”, segundo a PF, a um assessor de Jordy e gerenciada por seus familiares. A suspeita da PF é que os deputados faziam pagamentos para esta empresa para depois conseguir reembolso da cota parlamentar.

SAQUES E DEPÓSITOS FRACIONADOS

Segundo as investigações, há provas da ocorrência de lavagem de dinheiro em função do fracionamento de saques e depósitos não superiores ao valor de R$ 9.999, prática chamada de “smurfing” e usada para evitar alertas automáticos do sistema financeiro.

CONVERSAS E MENSAGENS

As investigações também identificaram mensagens de WhatsApp que tratam de pagamentos “por fora”. Há ainda conversas extraídas de celulares dos investigados. Houve a quebra dos sigilos telefônicos de Jordy e Sóstenes de maio de 2018 a dezembro de 2024.

EMPRESA DE FACHADA

Contratação da empresa Harue Locação de Veículos Ltda. ME, apontada como “empresa de fachada”. A loja está no nome de uma mulher, que recebeu R$ 4.500 de auxílio emergencial nos últimos anos, mas pertenceria,“de fato”, a um assessor de Jordy e seus familiares.

COTA PARLAMENTAR

O esquema de desvios mirava na Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, benefício que custeia gastos do exercício do mandato. A verba mensal paga aluguel de escritórios de apoio, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carros e combustível.

ALUGUEL DE CARROS

A suspeita da PF é que os deputados faziam pagamentos para uma empresa de fachada, de locação de carros, para depois conseguirem o reembolso da cota parlamentar. De acordo com a PF, um carro alugado por Sóstenes no Rio servia à sua filha.

LAVAGEM DE DINHEIRO

A PF aponta que os recursos desviados eram submetidos, posteriormente, a mecanismos de lavagem. Os contratos simulariam serviços, que não eram prestados. “Agentes políticos, comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada”, destaca a PF.

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