O governo tem defendido que as bets, fintechs (bancos digitais) e bancos paguem Imposto de Renda, para compensar a perda devido ao Congresso Nacional não aceitar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para não ultrapassar o arcabouço fiscal, torna-se necessário fazer corte no Orçamento. Para não cortar R$ 40 bilhões é preciso que tenha uma compensação.
Para não cortar R$ 40 bilhões do Orçamento de obras de rua, da saúde, da educação, precisa ter uma compensação. O IOF é para fazer essa compensação. “Nós queremos pegar do setores que ganham muito dinheiro e não pagam muito pouco [impostos]”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na linha de frente para defender os interesses dos bancos e dos mais ricos, que não aceitam pagar impostos, a grande mídia faz campanha contínua e ácida contra o governo. Somado à guerra da grande mídia servil para defender os interesses dos mais ricos, grande parte do Congresso Nacional, além de alinhado com a elite do andar de cima, e com interesse em desgastar e enfraquecer o governo na disputa eleitoral à presidente da República em 2026, defendem que é inaceitável aprovar a cobrança de mais impostos, sem reduzir os gastos públicos.
Hugo Motta e os parlamentares de oposição no Congresso Nacional querem que seja cortada verbas da Saúde e Educação, ao invés de tachar grandes fortunas, a bets e fintechs. Defende mudar o cálculo do salário mínimo para reduzir os reajustes e, ainda por cima, acumular o salário do deputado com aposentadoria, dobrando os ganhos e recebendo retroativos.
Porém, as circunstâncias apontam que se não cobrar impostos dos mais ricos que não pagam ou pagam muito poucos impostos, a alternativa que resta é aceitar cortar recursos das políticas públicas e dos benefícios dos assalariados mais pobres, que sobrevivem enfrentando situação de precariedade.
INVESTIMENTO NOS MAIS POBRES É GASTANÇA E PARLAMENTARES DA OPOSIÇÃO QUEREM CORTE RECURSOS SAÚDE
Cerca de 75% a 80% da população brasileira depende exclusivamente do SUS para consultas, exames, internações, cirurgias e outros serviços de saúde.
O déficit habitacional no Brasil é estimado em 6,2 milhões de domicílios que necessitam da construção de moradias, considerando a média de 3 pessoas por unidade habitacional (IBGE) totaliza 18,6 milhões de pessoas.
86% DAS ESCOLAS NÃO TÊM RECURSOS MÍNIMOS NECESSÁRIOS
Para melhorar a qualidade da Educação no país, é necessário um investimento adicional de R$ 61,3 bilhões a mais, afora os R$ 441,8 bilhões que deve ser investido neste ano, posto que dos 5.570 municípios brasileiros, 4.494 (86% do total) não têm recursos mínimos suficientes para garantir as condições de oferta de educação.
SANEAMENTO BÁSICO PRECÁRIO
Apenas 56% da população brasileira tem acesso à coleta de esgoto e 46,3% do esgoto coletado é tratado antes de ser lançado nos córregos, rios e oceano. A precariedade do saneamento básico é responsável pela proliferação de focos de mosquito da dengue, Zika e chikungunya.
A coleta de lixo urbano atinge quase toda a população urbana, mas a destinação final adequada ainda é um problema em muitas cidades. A destinação inadequada de lixo contribui para a contaminação do solo e da água, além de causar problemas de saúde: diarreia, cólera, febre tifoide, entre outras, especialmente em crianças.