Representantes do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) se dedicaram nos últimos meses à preparação de um documento que reúne pautas de interesse do setor e que irá conduzir a interlocução com o Legislativo estadual. Trata-se da Agenda Legislativa da Indústria 2025, lançada nesta quarta-feira (21/5), durante sessão especial realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e requerida pelos deputados Max Russi (PSB) e Carlos Avallone (PSDB).
Para o presidente da ALMT, Max Russi, o documento é uma oportunidade de aprofundar o diálogo com a Federação e trazer novas pautas para a Casa de Leis. “Como podemos fazer para impulsionar a nossa indústria? Ela colabora de maneira substancial para o desenvolvimento do estado, gera renda e empregos. Por isso, precisamos ouvir as pautas, saber quais são as demandas e como podemos somar nesse processo de crescimento”, disse o parlamentar.
O deputado Carlos Avallone, que é um dos vice-presidentes do Sistema Fiemt, explicou que a Agenda Legislativa da Indústria 2025 reflete os desafios dos novos tempos, entre eles a necessidade por combustíveis que não sejam fósseis, em virtude das mudanças climáticas e outras questões ambientais que não podem ser ignoradas.
“Somos o maior produtor de etanol de milho do Brasil, o maior produtor de biocombustível do Brasil, temos uma energia fotovoltaica muito estruturada no estado. Para crescer ainda mais, precisamos ampliar a rede elétrica trifásica, além de promover as adequações necessárias nas redes já existentes, em especial nas áreas rurais”, afirmou Avallone.
Criado em 1975, o Sistema Fiemt conta com 37 sindicatos de 17 áreas diferentes e mais de 16 mil empresas. A elaboração de uma agenda legislativa estadual tem como inspiração o trabalho desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que prepara um documento desse tipo e apresenta ao Congresso Nacional. A agenda da CNI está em sua 30ª edição e indica quais projetos em tramitação têm maior potencial para melhorar o ambiente de negócios, atrair investimentos e tornar o setor mais competitivo.
O presidente da Fiemt, Sílvio Rangel, considera a agenda legislativa estadual um verdadeiro marco. “Atualmente, geramos mais de 190 mil empregos diretos em Mato Grosso e podemos mais. As demandas existem e os avanços dependem da interlocução com os Poderes. A agenda nasceu de um trabalho colaborativo e vai pautar o diálogo com os deputados. A industrialização é o futuro e acreditamos que a agenda pode ajudar a acelerar esse processo”, disse Rangel.