As pessoas que trabalhavam por meio de aplicativo em 2024 tiveram rendimento médio mensal de R$ 2.996. O valor é 4,2% superior à renda de trabalhadores que não atuavam por meio de plataformas (R$ 2.875).
Essa diferença, no entanto, já foi maior. Em 2022, o rendimento dos trabalhadores por plataformas superava o dos demais ocupados em 9,4%.
A constatação faz parte de um módulo sobre trabalhadores por aplicativos da última divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se por um lado o rendimento desses trabalhadores estava acima da média, por outro, os dados mostram que eles trabalhavam mais horas.
O levantamento aponta que os trabalhadores com ocupação por meio dos populares apps – chamados pelo IBGE de plataformizados – apresentaram jornada de 44,8 horas semanais; enquanto os não plataformizados, 39,3 horas, em 2024.
Dessa forma, o IBGE constatou que a despeito de terem renda maior, esses trabalhadores recebiam R$ 15,4 por hora. O valor é 8,3% inferior aos não plataformizados (R$ 16,8/hora).
Ou seja, quem atua por meio de aplicativos precisa trabalhar mais para superar os não plataformizados.
1,7 MILHÃO EM APPS SEGUNDO IBGE
O Brasil registrou 1,7 milhão de pessoas ocupadas em atividades ligadas a aplicativos e plataformas digitais no terceiro trimestre de 2024. Os dados são do módulo “Trabalho por meio de plataformas digitais” da PNAD Contínua, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2022 e 2024, o número de trabalhadores cresceu 25,4%, um salto de 335 mil pessoas em apenas dois anos. A pesquisa foi realizada em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).