A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6/5) abandonar o alinhamento automático com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A decisão foi tomada quatro dias após o presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi, pedir demissão do Ministério da Previdência, em meio a um escândalo de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Membros da sigla afirmaram que o partido não passará a integrar a oposição, nem fará parte automaticamente da base aliada ao Planalto. Os deputados afirmam que terão uma posição "independente".
A bancada do PDT na Câmara não recebeu bem o processo de saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. Dentro da sigla, a demissão de Lupi foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um "desrespeito" ao partido.
Segundo o líder da legenda na Casa, deputado Mário Heringer (MG), a decisão foi "unânime pela independência".
Um deputado pedetista afirmou que a avaliação interna é de que o Palácio do Planalto desrespeitou Lupi e que a escolha de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência não representa a bancada do partido na Câmara.
“Não temos condições de ser oposição, não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas identitárias que casam com o governo. Deixamos a base e ficamos independentw”, explicou o deputado.
Atualmente, o PDT tem 17 deputados. O partido faz parte da base aliada do Planalto desde a posse de Lula, em 2023.
Em 2022, o partido lançou candidatura própria à presidência. O mau desempenho levou à decisão de apoiar Lula no segundo turno.