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Política Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 11:19 - A | A

Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 11h:19 - A | A

Bancos travaram bilhões impondo exigências que impedem acesso dos agricultores ao financiamento

Da Redação

Um grande desafio para o governo federal é garantir que os R$ 89 bilhões do Plano Safra chegue ao alcance do trabalhador rural e suas famílias, deixando de ficar travados pela burocracia dos bancos, estabelecida para criar obstáculos e barrar o acesso dos pequenos produtores rurais, que atuam na Agricultura Familiar e são os responsáveis por 70% dos alimentos consumidos pela população.

Dados do Banco Central mostram que pecuária tomou 91,7% dos recursos do Pronaf em 2024. Organizações cobram mudanças para promover diversidade e apoiar camponeses e povos tradicionais.

Recursos apropriados pelo agronegócio

Os créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) têm sido predominantemente despejados no agronegócio convencional, em detrimento de agricultores familiares e comunidades tradicionais que produzem sócio biodiversidade, excluídos por regras que não condizem com a realidade em que vivem.

O Plano Safra ofertou nove linhas de financiamento em 2024, com juros variando entre 0,5% e 6% e valores financiáveis que poderia chegar a R$ 420 mil por beneficiário.

O incentivo, no entanto, permaneceu quase todo confinado à cadeia produtiva do gado: no ano passado. Conforme dados do Banco Central, 91,7% dos créditos do Pronaf na Amazônia Legal foram para a pecuária convencional, contra apenas 8,3% para atividades agrícolas em geral – nesse caso, ainda assim prevalecem commodities, como soja e milho.

Exigência de documentos e entraves

Um dos principais entraves é a exigência de documentos individuais, como o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), para povos e comunidades que vivem e produzem em territórios coletivos. Isso impede que a maioria dos assentados da reforma agrária, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e indígenas acessem o programa.

E muitos casos a terra é coletiva, com produção coletiva. Mas os bancos exigem documentos individuais, que o trabalhador rural não tem. Quando ele [o trabalhador] vai ao banco, já dão um ‘não’, sem chance de conversa. O trabalhador leva uma porta na cara, logo num primeiro momento.

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