Por erros cometidos na execução das obras do BRT e Portão do Inferno, o erário público estadual foi penalizado com desembolso astronômico de R$ 21,4 milhões.
Em consequência da rescisão do contrato para construção das obras do BRT o Consórcio BRT ameaçava judicializar a questão, o que acabaria por embargar a obra por tempo indefinido. Entre os meios encontrados para administrar a situação o governo assumiu o compromisso de desembolsar R$ 11,4 milhões como compensação ao Consórcio BRT, formado pelas empreiteiras Guaxe, Encomind e Lotufo.
Outros R$ 10 milhões foram gastos por 26% dos serviços executados no paredão do Portão do Inferno, a serem pagos a Lotufo Engenharia e Construções Ltda, sendo que o projeto foi descartado diante da inviabilidade da obras.
Portanto, a bilionária cifra de R$ 21,4 milhões foi extraída dos cofres públicos do estado, para custear erros do governo na execução de duas importantes obras.
Marcos Vergueiro/Secom-MT

Para rescindir contrato da execução total da obra governo assumiu compromisso de pagar R$ 11,4 milhões como compensação ao Consórcio BRT
CONSTRUÇÃO DE TÚNEL
Em 28 de agosto do ano passado o governo iniciou do corte do paredão da região para passagem da pista da MT-251 ameaçada de desabamento no trecho do Portão do Inferno, atingido por deslizamentos da encosta da serra, com término da obra para fevereiro último. Após paralisação e indefinição da obra, no final desta última semana Governo do Estado repentinamente comunicou que decidiu construir um túnel no local, e que a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, segundo as informações oficiais. A nova proposta, que prevê a construção de um túnel exigirá a licitação para contratação de outra empresa e o edital é previsto para agosto.
PREJUÍZOS E TRANSTORNOS
A interdições da rodovia MT-251 causou queda de 50% das atividades produtivas de Chapada dos Guimarães, um duro golpe na economia do município, atingindo pousadas, bares, restaurantes, hotéis, comércio, negócios e a população em geral, inclusive, porque os investidores não querem investir diante da indefinição.
Pelo Portão do Inferno só é permitido trânsito de veículos que transportam até 30 toneladas, por isso os transportes de cargas são obrigados a seguir por Campo Verde, uma distância quase quatro vezes maior do que o trajeto normal de 66,5 Km entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Para ser mais preciso, uma distância de 212 Km, percurso apenas 3 Km menor do que os 215 Km entre Cuiabá e Rondonópolis.
Em relação às obras do BRT a intensificação dos transtornos são esperados para quando as obras alcançarem os trechos das avenidas Fernando Correia e Coronel Duarte, também conhecida como Avenida da Prainha, corredores urbanos que interligam pontos estratégicos das cidades de Cuiabá e Várzea Grande, região urbana que concentra cerca de 1 milhão de habitantes (IBGE) e por onde circula frota de 714 mil veículos (Detran-Net).