Em reunião realizada nesta última segunda-feira (24/11) pelo PL nacional - a esposa e filhos do ex-presidente - Michelle Bolsonaro, Carlos, Jair Renan e o Senador Flávio Bolsonaro – definiram que prioridade deve ser destravar o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques do 8 de janeiro.
De acordo como Senador Flávio Bolsonaro, a prioridade número 1 será fazer avançar na Câmara o projeto de lei da anistia. Ele afirmou que, a partir de agora, o "objetivo único" da oposição será a aprovação da matéria. Flávio disse ainda que o PL não aceita discutir dosimetria das penas e que o partido não fará esse tipo de acordo.
"Sempre deixamos bem claro que esse tipo de acordo nós não faríamos.
O que pedimos é que a democracia prevaleça: o relator pauta a redação como ele bem entender e nós vamos usar os nossos artifícios regimentais para aprovar a anistia.
O que vai ser aprovado, o texto final, vai para o voto.
Não temos compromisso nenhum com dosimetria, nosso compromisso é com anistia e que vença quem tenha mais votos", disse.
De acordo com o senador, a oposição não deverá obstruir os trabalhos do Congresso, instrumento usado em outras ocasiões, justamente porque o grupo quer levar o tema ao debate.
CONVERSA COM LÍDERES PARTIDÁRIOS
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que conversou no sábado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos- PB). De acordo com o senador, Motta está consultando líderes para avaliar a viabilidade de discutir o tema.
"Todos nós estamos fazendo todo o esforço possível, conversando com líderes de outros partidos, para que esse debate seja desinterditado.
Queremos que o Parlamento cumpra o seu papel. Não obrigamos ninguém e nem queremos compromisso de mérito. Não dá para o Parlamento ficar à mercê de outro Poder", disse Marinho, numa menção às pressões do STF contra a anistia.
A reunião para destravar o projeto de lei da anistia, realizada nesta última segunda-feira contou com a participação do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, de deputados e senadores da legenda, além dos familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro.


