Governistas e oposicionistas calibram suas estratégias para a CPMI das fraudes no INSS. A principal estratégia da base governista agora é controlar os postos mais importantes dentro da CPMI, principalmente a presidência e a relatoria, além de tentar isolar opositores mais radicais. O colegiado será formado por 15 deputados e 15 senadores, com o mesmo número de suplentes.
O objetivo durante as investigações será reforçar que as fraudes começaram em larga escala no governo de Jair Bolsonaro (PL), e apontar que a gestão anterior não investigou o esquema, como o atual governo fez.
A base aliada investiu na tese de que as investigações só aconteceram por decisão do presidente Lula – e não no governo O volume de desvios “estourou” em 2023/2024, reconheceu o líder Jaques Wagner, mas o esquema foi “preparado antes”.
ESTRATÉGIA DA OPOSIÇÃO
Da parte da oposição, o foco é explorar que o esquema ganhou volume no atual governo e a demora em agir.
A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi protocolada. Ainda, na segunda-feira (12/5) para investigar descontos ilegais nas folhas de benefício de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido de investigação foi apresentado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
O pedido tem as assinaturas de 223 deputados e de 36 senadores, mais que o mínimo exigido para requerer esse tipo de comissão, que é de 171 deputados e 27 senadores, um terço da composição de cada casa legislativa.
PROTOCOLO DA CPMI
Foi protocolado nesta segunda-feira (12/6) o pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos ilegais nas folhas de benefício de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido de investigação foi apresentado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
O pedido tem as assinaturas de 223 deputados e de 36 senadores, mais que o mínimo exigido para requerer esse tipo de comissão, que é de 171 deputados e 27 senadores, um terço da composição de cada casa legislativa.
A criação da comissão depende da leitura do pedido pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), durante sessão conjunta.
Comissão
A CPMI deve ser formada por 15 deputados e 15 senadores titulares, com o mesmo número de suplentes. O prazo previsto para os trabalhos é de 180 dias. As despesas são estimadas em R$ 200 mil.
Pedido de CPI
No final de abril, foi protocolado na Câmara outro requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas apenas com deputados, para investigar os mesmos desvios. O requerimento de criação da CPI (RCP 2/25) foi entregue com 135 assinaturas de deputados de 14 partidos.