O governo brasileiro não pretende solicitar ao governo dos Estados Unidos o adiamento da entrada em vigor das tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump contra exportações brasileiras. A medida está prevista para começar em 1º de agosto.
Após reunião com representantes da indústria e do agronegócio, nesta terça-feira (15), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que a estratégia do governo é tentar resolver a situação até o fim do mês, sem pedir prorrogação do prazo.
"Pudemos ouvir deles e reiterar o compromisso do diálogo, que é o compromisso do presidente Lula de promover o diálogo e trabalharmos juntos para reverter este quadro. Houve uma colocação de que o prazo é exíguo, pedindo um prazo maior. A ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar resolver até o dia 31. O governo vai trabalhar para resolver nos próximos dias", disse Alckmin.
O setor de alimentos perecíveis foi destacado como particularmente sensível. Alckmin reconheceu a urgência da situação, principalmente no que diz respeito à produção que já foi embarcada para os EUA.
Segundo Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), frigoríficos brasileiros começaram a suspender a produção voltada ao mercado americano. Ele informou que há cerca de 30 mil toneladas de produtos já nos portos ou em trânsito, equivalentes a aproximadamente US$ 150 milhões.
BRASIL 247