Dinâmico, o jogo político segue em ritmo constante através das movimentações dos pré-candidatos ao governo.
Por um lado, a desistência do empresário do agronegócio, Odílio Balbinotti, consolida a candidatura do senador Welligton Fagundes (PL) ao governo, enquanto representante da direita bolsonarista. De outra parte, outro segmento da direita, formado pela Federação União Progressistas (UP), composta pelos partidos União Brasil (UB) e Partido Progressista (PP), com acréscimo dos deputados governistas na Assembleia Legislativa, majoritariamente apoia a candidatura do vice governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
Portanto, as evidências prenunciam que a direita em Mato Grosso disputará dividida, ambiente político que favorece uma composição de lideranças políticas excluídas dos arranjos eleitorais do campo governista e do bolsonarismo. Para a disputa ao governo estadual, até o momento a oposição não definiu um nome.
A composição em torno do vice-governador Otaviano Pivetta, abrange acordo para uma dobradinha na eleição ao Senado entre o governador Mauro Mendes e o deputado federal José Medeiros (PL), apadrinhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que implica na exclusão do senador Jayme Campos (União Brasil) da chapa majoritária.
Algumas avaliações na mídia estadual apostam no conformismo do senador Jayme Campos, que sem espaço para uma candidatura majoritária pode se retirar da cena política do estado. Para o senador Jayme Campos, retirar-se da disputa representaria a aposentadoria definitiva da vida pública ocupando cargo eletivo, dessa forma, muito mais do que um simples afastamento circunstancial ou recuo estratégico à espera de situações favoráveis no futuro.
Então, a questão crucial nesse sentido, se constitui no significado real do que representa o afastamento da disputa eleitoral, e se o Senador Jayme Campos está disposto a pagar o preço por uma decisão de tal natureza. Ou se mantém viva a chama de continuar na militância ativa, na linha de frente e ocupando papel de liderança. Nesse caso, por uma questão de sobrevivência, o caminho que resta ao senador e ao seu grupo político é migrar do União Brasil para outra agremiação.
Migrar do União Brasil numa ação casada, pois despontam no contexto a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o ministro Carlos Fávaro (PSD), nomes com forte potencial eleitoral, que podem ser atraídos para uma aliança, o que demonstra amplo espaço que pode ser ocupado.
Romper com o União Brasil é tarefa simples para o Senador Jayme Campos e seu grupo? Não! Seria um processo doloroso, mas está insustentável permanecer na sigla, visto que submetido a uma camisa de força que o mantém paralisado, continuar no União Brasil é assinar atestado de óbito para si [Jayme Campos] e seu grupo político.
TARCISIO SOBREIRA DOS SANTOS JUNIOR 07/06/2025
Chega de Coronelismo em MT. Várzea Grande mostrou que a família Campos está fora do jogo. Aposenta Jaime.
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