O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), enviou um ofício ao governo da Itália para pedir que Carla Zambelli (PL-SP), não seja extraditada para o Brasil e que seja contemplada com o asilo político.
“Pede-se a não concessão do pedido de extradição solicitado pela República Federativa do Brasil e a concessão de asilo político à Deputada Carla Zambelli”, diz o documento.
O ofício foi enviado para Giorgia Meloni, a primeira-ministra italiana, que é uma das principais lideranças de direita daquele país, para a embaixada da Itália no Brasil, para o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, para o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini e para o presidente da Câmara daquele país, Lorenzo Fontana.
“Acreditamos que, com isso, ela possa ser solta e ficar em liberdade ao longo desse processo”, disse Sóstenes.
No texto, Sóstenes diz que a deputada "não teve o direito ao contraditório, ampla defesa e devido processo legal respeitados" pelo ministro Alexandre de Moraes e classifica o processo como "perseguição política". Zambelli, no entanto, foi condenda em uma ação que não tem conotação política.
A Primeira Turma do STF condenou a parlamentar à pena de 10 anos de prisão em regime fechado, além de multa de cerca de R$ 2 milhões por danos morais coletivos e perda do mandato. O crime foi ter sido a mentora intelectual da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, segundo o Supremo.
Zambelli foi presa na tarde de terça-feira (29/7) no apartamento em que estava escondida, no bairro Aurélio, em Roma. A Polícia Federal brasileira, em cooperação com as autoridades italianas e com a Interpol, conseguiu encontrar o paradeiro da deputada ao monitorar movimentações de pessoas próximas a ela, como seu pai.