Corroborando com as publicações do site Agenda MT, acerca dos atrasos das obras do BRT, Portão do Inferno e hospitais regionais, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, veio a público em veiculação do Olhar Direto, reconhecer que a demora pode inviabilizar a candidatura do governador ao Senado, mesmo ponderando que ainda há tempo para a conclusão das edificações, e por isso Mauro Mendes pode reverter os desgastes da imagem da sua gestão.
É compreensível, que sendo uma liderança política que faz parte da base de apoio ao governo, que o presidente da Assembleia torça para que as obras sejam concluídas em tempo hábil para evitar que Mauro Mendes recue de disputar a eleição ao Senado, como é pretensão do governador.
Porém, ainda que se tome medidas para pressionar e punir empresas que trabalham na construção das obras em atraso dos hospitais regionais de Juína, Tangará da Serra e Confresa, que ainda não alcançaram nem a metade da conclusão. Analisando objetivamente com base em informações técnicas abalizadas, tecnicamente são remotas as possibilidades da atual gestão entregar tais unidades de saúde prontas para funcionar antes do primeiro domingo de outubro de 2026, dia da eleição.
Frustrar a população em relação à solução daquele que é considerado pela como um dos principais problema a serem resolvidos, que é a melhoria do atendimento à saúde, fragiliza eleitoralmente qualquer candidato. A não conclusão dos hospitais regionais afetaria 24 municípios, com 525.879 habitantes e 345.444 eleitores, para que tenha ideia mais exata a respeito do estrago eleitoral por causa do atraso das obras dos hospitais regionais.
BRT
Por outro lado, o atraso nas obras do BRT representa desgaste perante uma população de cerca de 1.189.000 habitantes (IBGE) e colégio eleitoral de 641 mil eleitores EM Cuiabá e Várzea Grande. Portanto o impacto negativo pela não conclusão das obras é uma adversidade eleitoral em Cuiabá e Várzea Grande tende a ser fatal.
Em Cuiabá e Várzea Grande circula uma frota composta de 716 mil veículos (Detran Net 1º/12/2024) 403 ônibus que prestam serviço transporte coletivo urbano nas duas cidades, transportando diariamente 230 mil passageiros. Ou seja, o número de veículos no trânsito, assim como o volume de passageiros, maltratados por um caos no trânsito e sistema de transporto coletivo pelo atraso e transtornos causados pelas obras do BRT, é a receita do descrédito e fracasso.
PORTÃO DO INFFERNO
Somem-se a esses problemas, os erros que ocasionaram o atraso na obra do Portão do Inferno. As interdições na MT-251 chegaram a provocar queda de 50% das atividades produtivas, um duro golpe na economia do município de Chapada dos Guimarães, atingindo as pousadas, bares, restaurantes, hotéis, comércio, negócios e a população em geral, inclusive, porque os investidores não querem investir diante da indefinição.
Pelo Portão do Inferno só é permitido trânsito de veículos que transportam até 30 toneladas, por isso os transportes de cargas são obrigados a seguir por Campo Verde, uma distância quase quatro vezes maior do que o trajeto normal de 66,5 Km entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Para ser mais preciso, uma distância de 212 Km, percurso apenas 3 Km menor do que os 215 Km entre Cuiabá e Rondonópolis.
Para completar os rumorosos escândalos envolvendo a esposa e filho do governador, entre eles o pagamento suspeito de R$ 308 milhões para a Oi S/A, empresa de telecomunicações, que se encontra sob investigação.