“Com todo o respeito ao Galípolo e à equipe do Banco Central, não consigo compreender. Temos inflação controlada, gastos públicos controlados, crescimento da economia, renda da população crescendo, desemprego caindo e uma Selic de 15%”, manifestou o ministro.
As duras críticas do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), aos juros elevados impostos pelo Banco Central ocorreram durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, na última terça-feira (1º/7). Segundo Fávaro, a taxa Selic em 15% pressiona a “captação de recursos financeiros para crédito rural” e faz com que a “poupança rural não seja mais atrativa”.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic de 14,75% para 15% ao ano, o maior nível em 19 anos e o segundo maior juro real do planeta, atrás apenas da Turquia.
“Tínhamos uma Selic de 10,5% ao ano e hoje está em 15%. São 4,5 pontos porcentuais a mais que no Plano Safra do ano passado”, criticou o ministro da Agricultura. “E ainda assim, com todas essas dificuldades, o aumento da taxa de juros foram de 1,5 pontos porcentuais a 2 pontos porcentuais (abaixo da Selic)”, disse Carlos Fávaro, ao afirmar que não há justificativa para a Selic ter chegado nesse nível.
“Foi um desafio gigante fazer esse Plano Safra recorde. Confesso que achava muito difícil conseguirmos, especialmente com essa Selic. O governo federal teve que absorver o aumento com equalização de juros — ninguém gosta de pagar juros altos”, afirmou.
Álvaro José Ormond 03/07/2025
O Banco Central ao invés de ser independente virou instrumento de proteção do distema financeiro.
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