A ação propagada pelo governador Claudio Castro (PL) como uma “guerra” contra uma suposta expansão do Comando Vermelho resultou em um verdadeiro banho de sangue com ao menos 64 mortos e o sentimento de medo e de impotência tomando conta do Rio de Janeiro, cidade onde o crime organizado, entre as facções e milícias, controla 57% do território do Rio de Janeiro.
O governo fluminense tomou a opção de um confronto direto contra criminosos, ignorando as ações de inteligência para neutralizar as facções e transformando as comunidades, onde cerca de 200 mil trabalhadores e seus familiares vivem, em um palco de guerra.
2.500 AGENTES DAS FORÇAS DE SEGURANÇA
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas, dezenas de colunas de fumaça podiam ser vistas de diversos pontos da cidade.
A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Segundo o balanço parcial: 60 suspeitos haviam sido mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo. Agentes de segurança foram baleados, e pelo menos 4 morreram. Além deles, 3 inocentes foram baleados.
Cidade do Rio de Janeiro viveu clima de guerra gerado pelo confronto do Comando Vermelho com as forças de segurança
Mais de 80 homens foram presos, 5 foram baleados e internados sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Os policiais também teriam apreendido 75 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.
Para justificar o massacre, Cláudio Castro tentou culpar o governo federal, ignorando o fato da segurança pública ser responsabilidade do seu governo. Segundo ele, “tivemos pedidos negados três vezes, cada dia uma razão para não estar colaborando”.
Castro atuou firmemente contra a PEC da Segurança Pública – projeto apresentado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para ampliar o combate centralizado às organizações criminosas como o Comando Vermelho, o PCC e as milícias que ocupam territórios do Rio de Janeiro, tenta agora jogar a responsabilidade por sua lambança no governo federal.


