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Política Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025, 05:14 - A | A

Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025, 05h:14 - A | A

Resultado da greve da categoria e concorrência entre plataformas, motoboy fatura diária de até R$ 400

Plataformas alteram remuneração após greve da categoria e maior concorrência no setor: iFood reajusta pagamento, e 99Food define valor mínimo diário

Da Redação

Entre taxas menores para restaurantes e cupons de desconto para os consumidores, a guerra dos aplicativos de delivery também começa a beneficiar os entregadores, que se tornaram uma das principais frentes estratégicas das empresas do setor.

A remuneração está melhorando, num movimento que começou após a greve nacional da categoria em março e ganha impulso agora com a entrada de novas plataformas no Brasil.

Em Goiânia, a 99Food passou a pagar no mínimo R$ 250 aos entregadores que transportam ao menos 20 encomendas em um dia, sendo cinco de comida. Em São Paulo, o pagamento mínimo é R$ 400 por 15 entregas de comida. Segundo a empresa, a mudança permitiu 50% de aumento nos ganhos para os motociclistas.

A 99Food quer investir R$ 50 milhões na criação de pontos de apoio para entregadores em cinco anos. Para ampliar sua base de profissionais e aumentar sua agilidade, a startup vem oferecendo um bônus de R$ 1.500 aos parceiros pela indicação de novos entregadores. A 99 tem 700 mil motociclistas cadastros no país, que atuam com entrega de itens e transporte de passageiros.

“Quem faz 99Moto pode fazer 99Food. Em Goiânia, foram 15 mil entregadores de comida em 45 dias de operação. Na cidade de São Paulo, começamos a operação com 50 mil entregadores cadastrados”, diz Bruno Rossini, diretor de Comunicação da 99.

Neste cenário, a Rappi alterou condições de pagamento em junho. Elevou de R$ 7 para R$ 10 o pagamento mínimo por pedido com distância de até 4 quilômetros. Acima disso, o ganho é de R$ 1,60 por quilômetro rodado.

— Com as mudanças, aumentamos nossa base de entregadores em 30%. Tivemos uma alta de 40% na conectividade. Ou seja, o profissional ficou mais tempo fazendo entregas. Hoje, cerca de 65% a 70% das entregas têm uma distância de até cinco quilômetros — diz Felipe Criniti, CEO da Rappi.

Benefícios e tecnologia

No iFood, com 450 mil entregadores, cada quilômetro das rotas gera uma remuneração de R$ 1,50, tendo como base o valor mínimo de R$ 7,50 por pedido para motoqueiros e R$ 7 para bicicleta. Até junho, o pagamento mínimo em ambos os casos era de R$ 6,50. Há valores adicionais de R$ 3 por entrega extra realizada na mesma rota. O ganho por rota ficou em torno de R$ 11, em junho. Segundo estimativa do Portal de Dados do app, quem trabalha cerca de quatro horas por dia tem rendimento bruto de R$ 2,5 mil por mês.

— Os entregadores têm acesso a seguro contra acidentes pessoais e suporte em caso de roubo. Há programa com ganhos extras de até 30%, descontos em serviços, sorteios de prêmios e ingressos — diz Felipe Crull, diretor de Relações Institucionais do iFood.

A Keeta, que ainda vai iniciar a operação neste ano em São Paulo, diz já ter 120 mil entregadores parceiros. Não fala ainda em dinheiro, mas destaca apoio da tecnologia para aumentar a eficiência das rotas:

— Na China, desenvolvemos um sistema que permite coleta e entrega de múltiplos pedidos com sugestões de rota em tempo real. Nosso sistema gerencia 7 milhões de entregadores na China e processa até 2,9 bilhões de planos de rota por hora nos horários de pico — diz o CEO Tony Qiu.

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