Danielle Winits pode ser vista no teatro e no cinema. A atriz está em cartaz em São Paulo até o dia 29 com o musical Meninas Malvadas e integra o terceiro longa de Miguel Falabella, Querido Mundo.
Convidada do Conversa com Bial desta sexta-feira (06/06), a atriz de 51 anos deu uma pincelada no seu passado. Ao falar da morte do pai, quando ela tinha 7 anos, ressaltou que sua falta a uniu a mãe, Nadja. Ele era piloto de helicóptero e morreu em um acidente aéreo. A atriz contou que a última coisa que o pai pediu para foi que ela fizesse a mãe voltar para ele.
“Ele morreu na Páscoa. Minha mãe tinha se separado dele. Ele era um homem muito bonito e ela era muito ciumenta. Ela com 19 anos começou a namorar um cara de 33, ele era mais velho. Estava meio que separada dele e ele morre. Morreu uma semana depois (de pedir para Danielle pedir para a mãe voltar para ele). Esse lugar dessa perda fez com que a nossa relação (com a mãe) se tornasse muito forte com todos esses percalços.”
Formada em Comunicação Social, Winits estreou no teatro aos 16 anos e na Globo aos 19. Ela lembrou dos conselhos que seu mestre e amigo, o diretor Wolf Maya, deu para ela e que nortearam sua carreira ao longo da vida:
“Nunca briguei com a vida, sempre procurei não brigar com as oportunidades que chegaram para mim e nunca tive preconceito com relação a elas. Sempre fui muito grata. A gratidão é algo que sempre esteve pressente. Wolf que foi um mestre na minha vida e hoje está mais afastado da televisão, não do teatro que ele tem a escola, ele falou para mim: ‘Dani, aproveita o que você pode fazer de repente com o pé nas costas. Porque você vai poder escolher daqui a pouco.’ Ele falou isso naquela época e não estava errado. Eu não briguei com as minhas oportunidades. ‘Quero trabalhar, estar nesse lugar e é isso que está vindo para mim, eu vou tecer aqui essa minha colcha com esses retalhos que estão me dando.' Mas apaixonada pelos trapos e estou aqui hoje porque quero vestir o meu manto.”
A década de 90, no entanto, foi um período difícil para a atriz, lembra ela. Nessa época, as fofocas sobre sua vida se sobrepunham a carreira artística:
“A década de 90 teve muita fofoca, mentira. Vivi um momento muito complicado, de um sensacionalismo, eu sofri muito. Perseguida, calunia, difamação. Sofri demais com todas essas tentativas de colocar a persona na frente do artista o tempo inteiro. É como se existisse uma impossibilidade do meu trabalho em um determinado momento, estar à frente da minha vida pessoal, da minha vida particular. Isso de alguma forma impactou, sim, a minha vida.”
A Pedro Bial, ela se diz uma ‘feminista fervorosa’ que nunca escondeu dos filhos (Noah, 17, do casamento com Cássio Reis e Guy, 13, da união com Jonatas Faro) os relacionamentos difíceis que teve ao longo da vida:
“Não existe uma mulher da minha geração que não seja uma machista em desconstrução. A gente está aqui falando, sou uma feminista fervorosa, sim, mãe de dois adolescentes e que procuro criá-los sabendo da minha história. Eles sabem da minha história. Conto para eles. É mais importante do que eu tentar ser didática. Os meus filhos participaram de tudo na minha vida, sabem que tive meus casamentos, relações tóxicas, não tóxicas, eles sabem de tudo. Criei eles assim.”
Casada com o ator André Gonçalves há 10 anos, Danielle revelou a Pedro Bial por que resolveu dar um tempo de quatro meses no casamento quando o ator foi participar do reality A Fazenda, em 2023:
"Tomei um susto quando ele resolveu (ir). 'Estou assustadíssima. Te amo, mas prefiro que você vá e tenha essa liberdade de ir, vamos ver o que acontece.' Ele ficou em segundo lugar."