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Variedades Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 06:07 - A | A

Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 06h:07 - A | A

Demência por Corpos de Lewy: condição que afeta Milton Nascimento e exige atenção especializada

O ícone da Música Popular Brasileira já convivia com a Doença de Parkinson; especialista explica como a condição afeta a saúde e a qualidade de vida dos pacientes

Da Redação

O cantor Milton Nascimento foi diagnosticado com Demência por Corpos de Lewy (DCL), condição neurodegenerativa que compromete cognição e movimentos. A informação foi revelada por seu filho e empresário, Augusto Nascimento, em entrevista à revista Piauí.

O artista mineiro, de 82 anos, já convivia com a Doença de Parkinson, diagnóstico confirmado em 2022.

O novo quadro de saúde do cantor reacende o debate sobre o cuidado necessário em casos de doenças degenerativas e os impactos que elas implicam no dia a dia. Em entrevista ao gshow, o neurologista Rodrigo Silveira, do Hospital Icaraí, no Rio de Janeiro, explica os principais pontos sobre a DCL.

O que é a DCL?

É uma condição que afeta cerca de 3,5 a 7 pessoas a cada 100 mil habitantes e representa a terceira principal causa de demência. Ela apresenta três sintomas característicos: parkinsonismo, déficit cognitivo e alucinações - sobretudo visuais.

O neurologista detalha que a doença traz limitações significativas para a vida do paciente:

"Ela afeta os domínios cognitivos, prejudicando a funcionalidade no dia a dia, como por ter maior dificuldade para solucionar problemas, dificuldade para se localizar nos lugares, esquecimento de coisas que foram ditas, desorientação com datas, prejuízos na locomoção pelos sintomas parkinsonianos, além das alucinações, que podem ser bastante impactantes e comprometedoras", explicou Rodrigo.

Os sintomas são similares ao Mal de Alzheimer e também a questões motoras do Parkinson.

Tratamento

O neurologista afirma que a condição não tem cura, mas existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença.

"O principal tratamento envolve o uso de inibidores da acetilcolinesterase, como donepezila, que controlam as alucinações e melhoram a cognição, além do uso de medicamentos para o parkinsonismo, como a levodopa, mesmo medicamento que se usa para a Doença de Parkinson", detalhou o especialista.

E além destes, fisioterapia, atividade física e estímulo cognitivo são fundamentais para o tratamento.  

DCL tem cura?

Não há cura, mas é possível manter uma rotina próxima da normalidade quando o tratamento é iniciado cedo. Há graus da doença, desde casos brandos a casos mais graves, que não respondem ao tratamento.

O especialista alerta que o tempo de degeneração das células cerebrais varia de pessoa para pessoa.

"O tempo é variável, depende de cada pessoa e da gravidade da doença. Em geral, dentro do período de 1 ano após o início dos sintomas, como a perda da memória, já começamos a ver a neurodegeneração, com o surgimento de outros sintomas associados", comentou Rodrigo.

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