A mãe e o padrasto de uma criança de 10 anos foram presos após a menina ser baleada na perna, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, nessa quarta-feira (09/07). De acordo com a Polícia Militar, os responsáveis legais da criança apresentaram versões controversas sobre o que teria ocorrido.
Segundo os bombeiros, inicialmente, a mãe e o padrasto relataram que a menina foi baleada enquanto brincava na rua, mas não informaram quem atirou, nem forneceram outros detalhes. Conforme o boletim de ocorrência, na casa onde a menina mora com a família, os policiais localizaram uma arma de fogo do tipo garrucha — cano curto, semelhante a uma pistola ou revólver — e o sangue da criança.
À polícia, o padrasto alegou que estava conversando em um quarto da casa com a esposa e a menina, quando a arma, que supostamente estava em cima da cama, teria caído acidentalmente no chão, disparado e atingindo a criança.
Em contradição ao relato do padrasto, a Polícia Militar informou que a mãe tentou enganar os policiais, afirmando, em depoimento, que o ferimento da criança foi causado por uma bombinha.
“Na casa da vítima a gente encontrou o quarto onde essa criança havia sido alvejada, tinha bastante sangue e aí no local já localizamos a arma de fogo. No Hospital Regional, encontrava-se a mãe dessa criança e ela foi detida, pois ela repassava uma versão que não tinha nada a ver com a situação. O padrasto foi localizado dentro da casa e também foi detido”, contou o sargento Jorge, da Força Tática.
Uma testemunha também se apresentou à polícia e afirmou que foi chamada pela mãe da criança para levá-la até o hospital. Segundo a testemunha, ao chegar na residência, foi informada de que a menina havia sido atingido por um tiro e, então, levou a criança até o quartel do Corpo de Bombeiros, onde o socorro foi iniciado.
A criança foi levada consciente ao Hospital Regional, não corre risco de vida e permanece estável, segundo os bombeiros.
A mãe e o padrasto foram ouvidos e estão à disposição da Justiça. A Polícia Civil deve investigar o caso.