A maioria dos deputados federais de Mato Grosso votou, nessa quarta-feira (08.10), a favor do adiamento da medida provisória (MP) que taxaria rendimentos de aplicações financeiras e apostas esportivas, proposta pelo governo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão contribuiu para a caducidade da MP, que perdeu validade por falta de apoio, fazendo o governo deixar de arrecadar R$ 17 bilhões em 2026.
Dos oito parlamentares mato-grossenses, cinco votaram pelo adiamento: Coronel Fernanda, José Medeiros, e Rodrigo da Zaeli (todos do PL), além de Coronel Assis e Gisela Simona (União). Apenas Juarez Costa e Emanuel Pinheiro Neto (Emanuelzinho), do MDB, votaram contra, alinhando-se ao governo. Lembrando que o deputado Nelson Barbudo (PL) está afastado para tratamento de um câncer.
No âmbito nacional, o resultado de 251 votos a 193 adiou a votação e, na prática, fez a MP perder validade à meia-noite. A proposta ainda precisaria passar pelo Senado, mas já enfrentava resistência de parlamentares ligados ao agronegócio, às bancadas liberal e evangélica.
O texto da MP buscava compensar a alta do IOF e passou por alterações do relator para ampliar o apoio. Entre as mudanças estavam a manutenção da isenção das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e a redução da taxação das apostas esportivas, o que reduziu em R$ 3 bilhões a expectativa inicial de arrecadação.