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Política Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 06:03 - A | A

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IBGE: 58 milhões brasileiros vivem em locais sem nenhuma árvore; Cuiabá devastou 45,37% da vegetação

Da Redação

O IBGE divulgou recentemente, novos resultados do Censo Demográfico 2022. Desta vez, os dados são da Pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios.

Foram levantados dez quesitos relacionados à infraestrutura urbana dos 5.568 municípios brasileiros, com os temas arborização, acessibilidade e mobilidade.

Fundamental para a construção de políticas públicas, o estudo vai ajudar as cidades no cumprimento dos 11 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.

Essencial para a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida, além de promover um ambiente urbano saudável, a arborização, que também ajuda a prevenir enchentes e deslizamentos, desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade do ar. E esse também foi tema do Censo, que revelou que mais de 58 milhões de pessoas moram em locais sem arborização, ou seja, sem áreas verdes.

Acre e Amazonas, apesar de estarem localizados no Bioma Amazônia, são os estados com menores índices de arborização. Já a região Centro-Oeste e o estado do Paraná apresentaram os melhores índices.

ILHA DE CALOR

Em Cuiabá a situação é crítica, pois segundo dados oficias divulgados pela Sema-MT, até o ano de 2016 já haviam sido desmatados 148.095,57 hectares da vegetação da cidade, 45,37% dos 324.419,90 hectares que formam o território de Cuiabá.

O extermínio de quase metade da vegetação é agravada em consequência da localização geográfica numa depressão a 644 metros abaixo do nível de Chapada dos Guimarães, além da numerosa frota de veículos da cidade, composta de mais de 700 mil veículos e de mais outros 208 mil da frota de Várzea Grande (Detran/Net/2024), responsáveis pela queima de grande quantidade de combustíveis fósseis.

Esses fatores, acrescidos da estrutura de concreto e asfaltamento das ruas, o que transforma a Grande Cuiabá numa ilhar de calor, que aumenta ano após ano.

O desafio a ser enfrentado, portanto, é de grande magnitude, porque o desmatamento atingiu grande proporção, exigindo um reflorestamento em grande escala, conjugado com outras medidas imprescindíveis para combater os efeitos da ilha de calor resultante da queima de combustíveis fósseis da frota de veículos e estrutura de concreto e asfaltamento das vias públicas.

O preocupante problema do aquecimento e calor extremo, cada vez mais insuportável, que Aflige a população da Grande Cuiabá, continua sendo tratado com descaso pelos governantes.

Os gestores continuam agindo como se nada tenham a ver com o problema do aquecimento excessivo, que afeta o conglomerado urbano formado por Cuiabá e vizinha cidade de Várzea Grande, em via de atingir um quadro de caos climático que inviabilizaria a permanência da população num futuro próximo, conforme a previsão de especialistas com base em dados meteorológicos.

Em seminário sobre a mudança climática promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), realizado a cerca de três meses - em outubro de 2024 - a especialista em clima, Ana Paula Paes, fez uma exposição de dados demonstrando que a temperatura em Mato Grosso e na Grande Cuiabá vem apresentando ondas de calor cada vez mais extremas. A pesquisadora, que conta com especialização em nível de doutorado e pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), explanou que as temperaturas na Grande Cuiabá e no estado podem chegar a 50 graus entre 2030 e 2050, situação que tornaria o conglomerado urbano inabitável.

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