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Política Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025, 11:09 - A | A

Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025, 11h:09 - A | A

Incerteza de Bolsonaro esfria união de governadores da direita

Da Redação

Ensaiada dois meses atrás, a iniciativa de governadores de direita em busca de unidade contra a gestão Lula (PT), incluindo a realização de reuniões periódicas, perdeu fôlego diante de rachas no segmento, da desconfiança do clã Bolsonaro e da relutância do ex-presidente em indicar um sucessor para 2026.

Nesse intervalo, Lula recuperou parte de sua popularidade, saiu da defensiva na relação com o Congresso e viu as ruas ocupadas por manifestantes de esquerda contrários à anistia a Jair Bolsonaro (PL) e à PEC da Blindagem, em uma mobilização inédita desde as eleições de 2022.

A tentativa de união na direita ainda esbarrou em disputas internas, como a exposta na recente troca de ataques envolvendo o governador de Goias, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI).

Participantes do movimento atribuem o esfriamento à incerteza de Bolsonaro quanto ao futuro político e a outras pautas que tomaram o noticiário, como o projeto que concede anistia aos condenados nos ataques golpistas, inclusive Bolsonaro, a PEC da Blindagem e a ampliação da isenção do IR (Imposto de Renda).

Além disso, apontam que a aproximação de Donald Trump com Lula reduziu a pressão sobre o petista, desanimando parte da oposição, já desconfortável com a associação do tarifaço ao Brasil ao deputado Eduardo Bolsonaro.

As críticas ao STF, presentes no encontro às vésperas do julgamento da trama golpista, também foram perdendo espaço para essas outras pautas.

Dentre os participantes do primeiro encontro, na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), haviam quatro cotados à candidatura presidencial: Caiado, Ratinho Jr (PSD), do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.

Apesar de os pré-candidatos terem evitado criticar uns aos outros, uma das intenções colocadas no encontro há dois meses, as trocas de farpas dentro da direita dificultaram a ideia de unificação.

Não houve avanço no afunilamento de candidaturas, e a família de Bolsonaro se tornou um fator de instabilidade.

Carlos e Eduardo Bolsonaro têm criticado a busca por um sucessor do ex-presidente, que já está inelegível e agora condenado a 27 anos e três meses de prisão.

Ciro Nogueira conversou no final de agosto com Eduardo por telefone, quando pediu que centrasse a artilharia contra a esquerda. Ele é um dos principais entusiastas de uma união mais concreta do grupo político e disse, recentemente, que a direita tem falta de bom senso. Acabou se tornando um dos principais alvos do bolsonarismo reticente a candidaturas que não sejam o ex-presidente inelegível.

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