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Política Sexta-feira, 05 de Dezembro de 2025, 13:24 - A | A

Sexta-feira, 05 de Dezembro de 2025, 13h:24 - A | A

Vorcaro e seus comparsas estão sendo blindados pelo ministro Toffoli do STF

Decisão de paralisar as investigações e puxar o caso para o STF é um verdadeiro escândalo

DA REDAÇÃO

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou na última terça- feira (2/12) sigilo total no caso das fraudes bilionárias do Banco Master. Logo em seguida, ele acatou pedido da defesa do banqueiro ladrão e puxou o caso de escândalo do Master para a órbita do STF. Toffoli decidiu ainda que todas as investigações conduzidas pela PF e a Justiça Federal de Brasília até agora fossem interrompidas. O país está estarrecido com essas decisões.

Ninguém admite que um escândalo bilionário como este seja acobertado e termine garantindo impunidade aos bandidos. O banqueiro Daniel Vorcaro e outros diretores do Master foram presos depois de realizarem tramoias que deram prejuízo de 12,5 bilhões em diversas instituições públicas e aplicadores. Vorcaro foi preso no exato momento em que se preparava para fugir do país a bordo de um jatinho particular de sua propriedade.

Empresas laranjas, empréstimos fraudulentos, CDB e títulos bichados, calotes que poderão atingir mais de R$ 40 bilhões aos incautos que caíram no conto do vigário de ganhos estratosféricos. Um verdadeiro show de falcatruas e trambicagens. Tudo isso terá que ser coberto pelo fundo garantidor de crédito.

FUNDOS DE VORCARO LAVAVAM DINHEIRO DO PCC

Além disso, a PF descobriu que vários fundos ligados a Vorcaro e a seu banco participavam ativamente de lavagem de dinheiro do crime organizado. A Operação Carbono Oculto detectou ligações desses fundos do Master com o PCC.

Descobriu também um conluio entre o banco fraudulento de Vorcaro e o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, que autorizou uma negociata envolvendo o BRB (Banco Regional de Brasília) para injetar dinheiro público no banco falido. Até hoje, Ibaneis não deu explicações sobre isso.

Quando o Banco Central impediu que o BRB entrasse na operação fraudulenta de “salvamento” do banco em apuros, o senador bolsonarista Ciro Nogueira entrou de cabeça na tentativa de manter a negociata a qualquer custo. Estava tão fissurado na negociata que tentou emplacar o impeachment do diretor do BC por ele ter interrompido a trama.

E mais, outro governador bolsonarista, Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, autorizou que o fundo de previdência dos mais de 300 mil servidores públicos do estado, o Rioprevidência, aplicasse R$ 1 bilhão em papeis podres do Banco Master. LAVANDERIA PCC DESPEJOU R$ 5 MILHÕES EM BOLSONARO E TARCÍSIO As ligações do bolsonarismo com as falcatruas do Banco Master não param por aí. O cunhado de Daniel Vorcaro, o “pastor empresário” Fabiano Campos Zettel, que dirigiu a empresa Super Empreendimentos, bancada pelo fundo Hans 95, investigado pela PF como lavanderia do PCC, despejou R$ 5 milhões nas campanhas de Jair Bolsonaro a presidente em 2022 e de Tarcísio de Freitas a governador de São Paulo no mesmo ano.

Todo esse conluio foi desbaratado pela Polícia Federal na operação Compliance Zero, que colocou Daniel Vorcaro na cadeia. Num primeiro momento o país ficou surpreso com a decretação por Toffoli do sigilo máximo para o caso. Não havia a menor justificativa para que o país não pudesse acompanhar os detalhes dessa que já é considerada uma das maiores fraudes bancárias da história.

Mas, em seguida ficou claro que o objetivo é mesmo abafar o caso e acoitar os criminosos. O pretexto para que o caso fosse para o STF foi o fato de que um material citando o nome de um deputado federal teria sido encontrado na casa de um dos criminosos. Há suspeita até de que esse material tenha sido até plantado com esse objetivo.

STF NÃO PODE PROTEGER BANDIDOS

O fato é que o STF não pode fazer o que quiser. A Corte não pode e não deve extrapolar em suas obrigações constitucionais, muito menos proteger bandidos. Não há nada de constitucional e nem de republicano nesta atitude de Dias Toffoili. Acoitar os ladrões que deram golpes bilionários no país e nas finanças públicas é totalmente inaceitável.

Insistir em esconder os crimes e proteger os ladrões do colarinho branco só agravará a crise por que passa o país. O ministro deve pensar duas vezes antes de insistir neste caminho. Fonte: Jornal Hora do Povo

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