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Política Quarta-feira, 01 de Outubro de 2025, 05:28 - A | A

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2025, 05h:28 - A | A

Metanol em bebidas pode ter alcance nacional e PF abre investigação

Governo lança plano emergencial após mortes em São Paulo e alerta para risco de intoxicações em outras regiões

Da Redação

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar eventual ligação de episódios recentes de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica adulterada em São Paulo com o crime organizado, anunciaram nesta última terça-feira (30/9) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, mas o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou a existência de indícios neste sentido.

"Nós determinamos ao doutor Andrei Rodrigues, que é o diretor-geral da nossa Polícia Federal, que abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição, que, ao que tudo indica, transcende os limites de um único Estado", disse Lewandowski em entrevista coletiva em Brasília.

Rodrigues explicou que a PF entrou no caso devido a indícios de que a distribuição da bebida adulterada transcende o território paulista e à possibilidade de ligação com o esquema desvendado pela PF de importação de metanol pelo crime organizado para um esquema de adulteração de combustíveis.

"Dentre as razões (para instalação de inquérito pela PF), há a questão da interestadualidade e a possível conexão com investigações recentes, especialmente no Estado do Paraná que se conectou com outras duas em São Paulo em razão de toda a cadeia de combustíveis, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá", disse Rodrigues.

"A investigação dirá se há conexão com o crime organizado, com operações anteriores. A gente vai buscar trabalhar de forma integrada", acrescentou ele, citando atuação em conjunto com autoridades paulistas.

Pouco depois, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, Tarcísio afirmou que não há indícios de participação do crime organizado e ironizou ao afirmar que "agora tem esse negócio em São Paulo, tudo o que acontece é PCC", referindo-se à facção criminosa Primeiro Comando da Capital.

"Tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Só para deixar claro: não há evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso", assegurou o governador.

"Os inquéritos que estão abertos e que estão chegando nas pessoas que estão trabalhando com adulteração, nessas destilarias clandestinas, são pessoas que não têm relação com o crime organizado e não têm relação entre si."

Uma megaoperação de várias agências de cumprimento da lei sobre o uso de postos de combustíveis para lavar dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) revelou, no final de agosto, um esquema criminoso que importava metanol, um solvente extremamente tóxico, pelo porto de Paranaguá (PR), mas os destinatários do produto não eram os que constavam nas notas fiscais. O metanol era transportado a postos onde era usado na adulteração do combustível vendido aos consumidores.

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