Após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (29/9), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que deve ser candidato à reeleição em 2026.
"Sou candidato à reeleição, como tenho dito. Isso já está claro. Vim fazer uma visita de cortesia, visitar um amigo", disse o governador, acrescentando que tem apenas gratidão e não interesses em relação a Bolsonaro.
Na oportunidade o senador Flávio Bolsonaro (RJ), afirmou que "vai batalhar até o final" para que Bolsonaro esteja na rua em 2026 e que não tem como tomar uma decisão a respeito da corrida presidencial antes do fim do projeto de anistia "porque o cenário pode mudar a qualquer momento".
"Não vai ter decisão nenhuma enquanto a gente não souber com clareza o que vai acontecer com esse projeto da anistia. [...] Somente após esse processo legislativo e até o seu desenrolar final."
"Ninguém vai conseguir ouvir, da única pessoa que pode tomar essa decisão, que é o Jair Bolsonaro, ele se colocar fora de uma disputa que ele claramente, de forma injusta, foi retirado", completou Flávio Bolsonaro. O ex-presidente foi declarado inelegível pelo TSE e condenador a 27 anos de prisão na trama golpista.
Tarcísio e Flávio acrescentaram que o projeto de redução de penas, que tramita na Câmara dos Deputados sob relatoria de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), não atende o bolsonarismo e voltaram a pedir anistia, ou seja, perdão ao ex-presidente e aos presos do 8 de Janeiro. Segundo eles, porém, esse tema não foi tratado nesta reunião.
"Acredito que o caminho para a pacificação é o da anistia", afirmou Tarcísio.
Segundo aliados, a conversa tratou também da disputa ao Senado em São Paulo, que deve ter como candidatos Guilherme Derrite (PP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Tarcísio indicou a Bolsonaro que, caso o filho não retorne dos EUA, o ex-presidente tem a preferência para indicar um novo nome.
Se há um mês a eventual candidatura presidencial de Tarcísio estava em alta, alavancada por dirigentes do centrão, agora sua perspectiva é de concorrer à reeleição em São Paulo.
Nesta segunda, deputados aliados ao governador voltaram a afirmar que Tarcísio não quer disputar o Palácio do Planalto, mas admitem que há espaço para mudanças até março, quando ele teria que deixar o cargo para concorrer à Presidência.