A Itália confirmou o favoritismo e se tornou pentacampeã mundial neste domingo. Atual campeã do torneio, a Azzurra fez história no Mundial masculino de vôlei nas Filipinas, conquistando o segundo título consecutivo. Mesmo com a pressão de Aleksandar Nikolov, filho do ex-capitão Vladimir Nikolov, a seleção levou o ouro sobre a Bulgária por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/17, 17/25 e 25/10. Mattia Bottolo brilhou no saque e dominou o quarto set ao lado de Yuri Romanò, que foi o maior pontuador da equipe com 22 pontos.
Atual campeã mundial em 2022, a Itália conseguiu o bicampeonato consecutivo. A agora pentacampeã também já tinha no currículo os títulos em 1990, 1994 e 1998, dominando o cenário internacional. Para chegar à decisão, os italianos derrotaram a Polônia no último sábado com autoridade, por 3 sets a 0. Antes disso, perderam um jogo na fase de grupos contra a Bélgica e bateram Argélia e Ucrânia na fase de grupos. No mata-mata, passaram por Argentina, Bélgica e Polônia.
Mesmo com a derrota, a prata é histórica para a Bulgária, que quebrou um jejum de 55 anos chegando na final. Sob o comando do italiano Gianlorenzo Blengini desde 2024, a seleção exibiu uma das melhores campanhas de sua história, voltando a figurar entre as nove melhores do mundo no ranking. O técnico, vice-campeão olímpico, comandou justamente a Itália na conquista da prata na Rio 2016.
A última medalha conquistada pela Bulgária no Mundial masculino foi em 2006, no Japão, quando o oposto Vladimir Nikolov ainda era capitão da equipe. Na época, a seleção ficou com o bronze ao vencer Sérvia e Montenegro. A Bulgária disputou sua última e única decisão no torneio em 1970, quando perdeu para a então Alemanha Oriental, levando a prata.
A dupla de irmãos Aleksandar e Simeon Nikolov, filhos do ex-capitão Vladimir Nikolov, teve um protagonismo especial na campanha. Na decisão deste domingo, Aleksandar deu trabalho para os italianos. Maior pontuador da competição, o búlgaro anotou 23 pontos. Romanò teve a maior pontuação da Itália com 22 pontos, mas Bottolo foi o grande nome do título com os aces no quarto set.
Antes da decisão neste domingo, Polônia e República Tcheca se enfrentaram pelo bronze. Leon dominou o jogo e liderou os poloneses com 26 pontos na vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25/18, 23/25, 25/22 e 25/21.
O jogo
A Itália foi dominante logo no primeiro set. Apesar da boa atuação de Aleksandar Nikolov, a Bulgária teve alguns erros, incluindo de posicionamento, que custaram caro nesse início de jogo. Com certa tranquilidade, os italianos fecharam a primeira parcial em 25/21.
A Bulgária continuou sem ver a cor da bola no início do segundo set, com a Itália construindo uma boa vantagem. Mesmo assim, Aleksandar Nikolov disparou e foi o melhor em quadra nessa parcial, ajudando os búlgaros a crescerem no jogo e encostarem no placar. No entanto, o ataque da Itália foi muito forte, e com a liderança de Yuri Romanò a equipe continuou na frente por 25/17.
A Bulgária voltou para o "agora ou nunca" no terceiro set, se sentindo mais confortável no jogo apesar da pressão. Os búlgaros começaram na frente e pressionaram a Itália durante toda a parcial, abrindo uma boa vantagem pela primeira vez na partida. Com muita agressividade de Aleksandar Nikolov, que somava 22 pontos nessa altura do jogo, a Bulgária retomou a confiança e fechou em 17/25, dominando o set decisivo para os adversários.
A Itália voltou mais ligada para o quarto set, com Bottolo e Michieletto querendo jogo. A Azzurra já começou com uma vantagem de 9 a 3, enquanto o ataque búlgaro enfrentava dificuldades. Depois disso, a Bulgária até chegou a pressionar, mas não teve chances contra os sete aces de Bottolo, que entregou o título para os italianos fechando em 25/10.