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Política Segunda-feira, 22 de Setembro de 2025, 05:47 - A | A

Segunda-feira, 22 de Setembro de 2025, 05h:47 - A | A

“Censura prévia” à imprensa americana desmascara de vez governo fascista de Donald Trump

Por ordem de Trump Departamento de Defesa dos Estados Unidos ameaça suspensão de acesso para a imprensa em caso de não cumprimento das determinações

Da Redação

Em um memorando de 17 páginas, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a exigir que os cerca de 90 jornalistas credenciados para cobrir a agência obtenham aprovação prévia para publicar qualquer informação que lhe diga respeito, confidencial ou não, ou correm o risco de perder o acesso ao Pentágono. O documento ainda restringe a circulação da imprensa, designando grandes áreas do prédio como proibidas para a circulação sem escolta.

As novas condições, comunicadas na sexta-feira (19/9) à noite aos jornalistas atingidos, representam um novo passo na luta que o presidente americano Donald Trump e seu governo travam contra a imprensa tradicional, que ele acusa de ser desfavorável a ele.

O novo documento estabelece que informações do Departamento de Defesa "devem ser aprovadas para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não sejam confidenciais".

O novo compromisso exige que jornalistas reconheçam por escrito que a aquisição ou o uso de informações não autorizadas seria motivo para "suspensão imediata" do acesso ao Pentágono.

A mudança pode restringir drasticamente o fluxo de informações sobre as Forças Armadas dos EUA ao público. O Clube Nacional de Imprensa de Washington classificou a política como "um ataque direto ao jornalismo independente" e solicitou a revogação imediata da norma.

Ameaças à liberdade de imprensa

A nova ordem, descrita em um memorando distribuído à imprensa na sexta-feira, foi a mais recente de uma série de ações do governo Trump para limitar a capacidade da mídia de cobrir o governo federal sem interferência.

A relação tensa do Pentágono com a mídia reflete uma atitude generalizada em todo o governo Trump. A Casa Branca tem repetidamente limitado o acesso aos veículos de comunicação por causa da cobertura que não lhe agrada, e o presidente Trump processou várias organizações de notícias, incluindo o Waal Street Journal e o New York Times, por causa de sua cobertura.

Após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, na semana passada, o chefe da Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr, ameaçou as emissoras de televisão com "multas ou revogação de licença" se continuassem transmitindo o programa noturno de Jimmy Kimmel na ABC.

A ofensiva aconteceu depois que o apresentador fez comentários interpretados por alguns como críticos ao movimento Make America Great Again (MAGA) e a Kirk. Na sequência, a ABC suspendeu o programa por tempo indeterminado.

Na quinta-feira, Trump sugeriu a repórteres que os veículos de comunicação deveriam ser punidos pela cobertura negativa de sua presidência.

— Eles só me dão publicidade ou cobertura negativa — disse o presidente. — Eles têm uma licença, acho que talvez essa licença devesse ser retirada.

O Departamento de Defesa tem sido um ponto focal do escrutínio da imprensa em 2025, com veículos de comunicação revelando que o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, havia divulgado planos de guerra confidenciais em um grupo de bate-papo privado que incluía um repórter.

Em outro caso, jornais reportaram que Hegseth havia convidado o bilionário Elon Musk para um briefing sobre os planos ultrassecretos do governo caso uma guerra eclodisse com a China. Mais recentemente, a cobertura jornalística levantou questões sobre a legalidade de dois ataques militares a barcos venezuelanos que mataram 14 pessoas.

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