Cuiabá, 05 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,69
Cuiabá, 05 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,69
Logomarca
facebook instagram twitter whatsapp

Política Segunda-feira, 05 de Maio de 2025, 10:52 - A | A

Segunda-feira, 05 de Maio de 2025, 10h:52 - A | A

Diplomata é franco favorito a suceder Francisco, Parolin é um moderado aberto a reformas

Da Redação

Na corrida de especulações sobre quem deve ser o próximo papa, alguns vaticanistas acreditam que, após um pontificado mais conservador como o de Bento 16 e mais progressista como o de Francisco, a Igreja Católica busque um nome moderado, que represente continuidade.

Se a suposição se confirmar, é provável que o próximo líder do Vaticano seja o atual secretário de Estado da Santa Sé, o italiano Pietro Parolin –um diplomata conhecido por não se comprometer com as posições mais polêmicas da Igreja hoje, mas aberto a continuar o caminho de reformas iniciado por Francisco.

Graças à sua posição na hierarquia da Santa Sé –o cargo de secretário de Estado, que Parolin ocupa há mais de dez anos, o torna a pessoa mais importante no Vaticano, atrás apenas do papa– e à sua cooperação com Francisco, o cardeal é visto como o sucessor natural de Bergoglio. No círculo de apostas sobre o novo pontífice, ele tem aparecido no topo.

DESCONFIANÇA DOS CONSERVADORES

Mas o nome de Parolin, 70, não é unanimidade. Além de ser visto por conservadores e progressistas com desconfiança por suas falas ambíguas sobre a aceitação a casais LGBTQIA+, divorciados e o futuro do celibato, seus críticos apontam o fato de que o cardeal não tem experiência pastoral –isto é, nunca chefiou uma paróquia ou trabalhou em contato direto com fiéis.

Com efeito, o caminho de Parolin até atingir a alta hierarquia da Igreja mais se assemelha ao de um servidor público de carreira do que de um religioso.   Mas talvez o impacto mais duradouro e controverso de Parolin no cargo, e que pode dificultar suas chances de se tornar papa, tenha sido o chamado "acordo secreto" entre o Vaticano e a China, do qual o cardeal italiano foi o principal arquiteto.

Chamado assim porque seu teor nunca foi divulgado, o pacto foi assinado em 2018 com o objetivo de pôr fim às prisões arbitrárias de padres católicos na China. Em troca, acredita-se que a Santa Sé tenha se comprometido a nomear bispos para as dioceses chinesas selecionando-os a partir de uma lista elaborada pelo Partido Comunista.

COMANDO DO CLOCLAVE

Além de ser o favorito a suceder Bergoglio, Parolin vai comandar o conclave. Pela regra, é o decano do Colégio Cardinalício quem prepara a eleição depois que um papa morre ou renuncia. Cabe a ele convocar os cardeais a Roma e presidir as reuniões preparatórias para o voto. Desde 2020, o cargo é ocupado por Giovanni Battista Re, 91.

Por causa da idade, porém, o decano não poderá entrar na Capela Sistina, onde só são permitidos os cardeais com direito a voto –ou seja, com menos de 80 anos. O caso é o mesmo do vice-decano, Leonardo Sandri, 81.

Dentro da Sistina, a tarefa deverá caber a Parolin, por ser o cardeal-bispo de nomeação mais antiga entre os eleitores, em 2018 –como cardeal, ele foi proclamado por Francisco em 2014, ainda no início de seu papado.

Comente esta notícia

Canais de atendimento

Informações e Comercial
contato@agendamt.com.br
Telefones de Contato
+55 (65) 992024521
Endereço
Rua Professora Enildes Silva Ferreira, 8 QD 3 sala B - CPA III, Cuiabá/MT 78000-000
Expediente
Jornalista: Adalberto Ferreira
MTE 1.128/MT