O presidente em exercício, Geral Alckmin, anunciou na sexta-feira (24/10) que o governo federal estuda novos investimentos na hidrovia do Rio Paraguai, considerada vital para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso e para o fortalecimento da economia brasileira.
A declaração foi feita durante a inauguração da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres (MT), cidade localizada região Oeste do estado, a 220 km de Cuiabá. Segundo Alckmin, a iniciativa busca melhorar a logística de transporte, reduzir custos e atrair investimentos estratégicos para a região Centro-Oeste.
HIDROVIA PRIORIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Durante coletiva de imprensa, Alckmin reforçou que a hidrovia do Rio Paraguai é essencial para a integração dos modais logísticos brasileiros - conectando o transporte rodoviário, ferroviário e fluvial. “Esse é o trecho que precisa de investimento. Vou conversar com o ministro dos Portos. Precisamos de eficiência econômica, reduzir custos e integrar modais. A hidrovia do Paraguai é essencial”, afirmou o presidente em exercício.
O trecho entre Cáceres e Corumbá (MS), atualmente paralisado pelo assoreamento do rio, é o principal gargalo a ser resolvido. Por isso, o governo planeja investimentos em dragagem e infraestrutura portuária, com foco em reativar o transporte fluvial até Nova Palmira, no Uruguai.
CONEXÃO ESTRATÉGICA COM PAÍSES DO MERCOSUL
A ligação fluvial entre o Porto de Cáceres e o Porto de Nova Palmira foi estabelecida em 1998 por meio do Acordo de Transporte Fluvial da Bacia do Rio da Prata, que integra Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia.
Assim, o Rio Paraguai se consolida como um dos principais corredores logísticos do Mercosul, ampliando o potencial de exportação de grãos e minérios brasileiros. Portanto, destravar essa hidrovia é mais do que uma obra de infraestrutura — é um projeto estratégico de integração regional e de expansão econômica.
HIDROVIA PODE REVOLUCIONAR A ECONOMIA BRASILEIRA
O governo acredita que reativar a hidrovia do Rio Paraguai trará impactos diretos para o agronegócio e a indústria nacional, gerando empregos e aumentando a competitividade das exportações. Além disso, a medida pode reduzir o custo do frete, melhorar a logística nacional e atrair novos investimentos. Com o Brasil buscando fortalecer sua infraestrutura de transporte sustentável, o projeto da hidrovia se apresenta como uma das maiores oportunidades logísticas da década.


