A farmacêutica Roche lança no Brasil, um novo sensor de monitoramento contínuo de glicose para pacientes com diabetes que utilizam inteligência artificial (IA) para antecipar quedas ou picos de açúcar no sangue.
O aparelho faz parte de uma nova geração de sensores prevê o nível de glicose na corrente sanguínea e emite alertas em tempo real. Com o monitoramento contínuo por meio dos sensores, o próprio paciente passa a ter uma percepção melhor de autocuidado. Isso porque ele consegue visualizar rapidamente a forma como os alimentos que consome no dia a dia impactam a taxa de açúcar em seu sangue.
SENSORES SERÃO VENDIDOS NAS FARMÁCIAS
Então os sensores eles são os olhos do diabetes, é como conseguimos enxergar o que está acontecendo no corpo e, com esses novos, o que ainda vai acontecer. As pessoas melhoram o seu controle, reduzem os casos de hipoglicemia e melhoram a qualidade de vida”, afirmou Marcio Krakaues, coordenador da Comissão de Inteligência Artificial e Tecnologias em Endocrinologia e Metabologia (CIATEM), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O novo aparelho, chamado Accu-Chek® SmartGuide, será vendido nas farmácias do país e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adultos a partir de 18 anos. O preço ainda não está definido, mas a Roche diz que o valor "será compatível a outros sensores de monitoramento contínuo disponíveis hoje no mercado". Hoje, os dispositivos são vendidos no Brasil por cerca de 300 reais cada. Eles duram, em média, 15 dias, ou seja, demandam 600 reais por mês.
ACESSO O GRANDE GARGALO
“O acesso ainda é uma questão não só no nosso país, mas no mundo inteiro. Aqui, quem tem plano de saúde consegue reembolsar os sensores. E, no poder público, temos, no máximo, alguns projetos, em algumas cidades, que oferecem sensores com alguns tipos de critério bem técnicos. Então esse acesso ainda é realmente um grande gargalo”, diz Krakauer.


