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Política Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025, 05:03 - A | A

Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025, 05h:03 - A | A

Garantia de 100% da segurança do Pix desafia o Banco Central

Sistema é usado por 90% dos brasileiros, mas BC ainda busca fechar brechas de segurança

Da Redação

Meio de pagamento mais popular do Brasil, o Pix completa cinco anos hoje após uma verdadeira prova de fogo em 2025, quando foi obrigado a fazer ajustes de rota em seu desenvolvimento para fortalecer a segurança.

Lançado em 2020, em meio à pandemia, o meio digital de pagamento instantâneo e gratuito para pessoas físicas desbancou o dinheiro em espécie e as transações bancárias e provocou incômodo nas bandeiras de cartão ao se tornar a ferramenta mais usada pelo brasileiro para pagar e receber.

Passada meia década da maior inovação do Banco Central (BC), que acumula estatísticas positivas que inspira sistemas semelhantes em outros países, os desafios de segurança também ganharam escala.

Medidas antifraude exigem cautela

Especialistas, no entanto, alertam que as medidas devem ser feitas com cuidado, para evitar retrocessos no acesso da população a transferências gratuitas.

Atualmente, 90% dos adultos no Brasil “fazem um Pix” regularmente, mais que a marca de 70% para os pagamentos no cartão de débito ou em dinheiro, segundo dados do BC.

Entre os meios eletrônicos, ganha com folga em número de transações, que já encosta em 7 bilhões por mês, e vem se aproximando do volume financeiro da TED, transferência eletrônica que hoje ainda é líder em valor, com mais de R$ 3 trilhões movimentados por mês.

Segundo estimativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 70 milhões de pessoas entraram no sistema financeiro após a criação do sistema do BC. Rafael Schiozer, professor de Finanças da FGV, diz que 90% dos beneficiários do Bolsa Família têm chave Pix, e 80% usam a ferramenta em mais de um banco.

“Cinco anos depois da implementação, podemos dizer que o Pix é a maior ferramenta de inclusão digital e bancária da última década”, resume o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban, Ivo Mósca.

FRAUDES MILIONÁRIAS

Esse sucesso foi ofuscado neste ano por fraudes milionárias. Algumas decisões que o BC tomou no início do Pix para ampliar seu alcance têm sido contestadas como responsáveis por abrir brechas para os criminosos, principalmente a flexibilização de alguns critérios de segurança.

Neste ano, instituições participantes do ecossistema atacadas por criminosos foram o caminho para desvios do sistema financeiro via Pix que somam R$ 1 bilhão. Não houve risco para as pessoas físicas, mas os controles mais fracos também facilitaram movimentações financeiras de facções criminosas, como mostraram investigações recentes como a Operação Carbono Oculto.

BC NÃO COMENTA

Procurado, o BC não quis falar sobre o assunto. Mas a autoridade monetária sente a crise e, depois de apertar o cerco para evitar fraudes, cogita novas medidas para fechar brechas de segurança.

Uma das medidas defendidas pelos bancos e estudadas pelo BC, por exemplo, é a possibilidade de criar uma retenção por um período de transações com valores mais altos, limitando o caráter instantâneo da ferramenta, além da definição de um limite para transferências entre 22h e 6h.

A retenção pode diminuir drasticamente a capacidade de pulverização dos recursos de fraudes.

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