O presidente Lula afirmou na Indonésia que sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (26/10) terá como foco as tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos e as medidas impostas pelo governo americano contra autoridades brasileiras.
O presidente brasileiro está em visita de Estado à capital do país, Jacarta, para retribuir a viagem do líder Prabowo Subianto, que foi ao Brasil em julho. Esta é a primeira parada de duas que fará na Ásia, sendo a segunda em Kuala Lumpur, na Malásia, com as agendas mais importantes.
O petista viaja nesta quinta-feira (24/10) à noite, em horário local, para a capital malaia. A viagem parte de um convite para participar da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, em português), da qual o Brasil é parceiro. Lula será o primeiro líder brasileiro a participar da cúpula, que ocorre entre 26 e 28 de outubro.
AGENDA FORA DA CÚPULA COM TRUMP
No local, Lula e Trump terão uma reunião às margens da agenda oficial do evento, onde discutirão as tarifas que afetam as duas economias, em especial a exportação de itens como carne, café e aço para os EUA.
O presidente brasileiro afirmou que quer tratar de outros temas, que não há assunto proibido na conversa. "Podemos discutir de Gaza, à Ucrânia, à Rússia, à Venezuela, a materiais críticos, a minerais, a terras raras. Podemos discutir qualquer assunto", declarou.
É esperado que ele fale sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
É possível que o presidente brasileiro também fale com o americano sobre uma possível incursão militar dos EUA na Venezuela, o que o governo afirma que pode causar desestabilização na América do Sul, além de ter efeito contrário, com fortalecimento do crime organizado.


