O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (24/9) que espera que seu possível encontro presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possa elucidar informações incorretas que foram repassadas à Casa Branca, levando à aplicação do tarifaço.
"Espero que coloquemos na mesa nossas diferenças e tomemos decisões. Estou convencido de que as decisões do Trump se devem ao fato da qualidade das informações que ele tinha. Quando ele tiver as informações corretas, ele pode perfeitamente mudar de posição, e o Brasil também. Nos encontramos por acaso", disse Lula, em coletiva de imprensa, na sede da Assembleia Geral da ONU, na sede da organização, em Nova York, nos EUA.
Lula frisou que a soberaia brasileira e a democracia nacional jamais serão negociadas. "O que não podemos discutir é a soberania brasileira e nossa democracia. Isso não é discutível com Trump nem com nenhum presidente do mundo. Acho que ele tem informações equivocadas sobre o Brasil", disse Lula.
"Quando tiver eleição nos EUA não me meto, e quando tiver eleição no Brasil ele não se mete", acrescentou, ao reconhecer que a preocupação de Trump com os trabalhadores dos EUA é "justa".
Ao ser questionado, Lula respondeu que o encontro aludido por Trump na véspera poderá ser presencial. "Não vamos discutir segredo de estado, pode ser público".
Ele afirmou não ter "pressa" para marcar o encontro e que ele também depende da agenda de Trump.
"Não vou antecipar os resultados das futuras conversas. Vou tratá-lo com respeito que merece o presidente dos EUA e ele vai me tratar com respeito, como presidente do Brasil, dois homens de 80 anos", acrescentou Lula.
O presidente Lula também afirmou que irá conversar com Trump "como dois seres humanos civilizados".