Ministros do STF disseram, em caráter reservado, que não se impressionam com os ataques dos EUA e que julgamento de Bolsonaro está mantido para o fim de agosto ou início de setembro.
A decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de aplicar uma taxação adicional de 50% a produtos brasileiros sob pretexto de que o Supremo Tribunal Federal brasileiro está ultrapassando seus limites não vai demover a corte de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao Estadão, ministros do tribunal disseram em caráter reservado que não se impressionariam se os ataques dos EUA ao Brasil se intensificassem à medida que se aproxima o julgamento de Bolsonaro, previsto para acontecer entre o fim de agosto e o início de setembro. Segundo ministros do Supremo, esse tipo de pressão não impedirá o julgamento de ser realizado.
ITAMARATY CONVOCA REPRESENTANTE DIPLOMÁTICO DOS EUA
O Ministério das Relações Exteriores convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília (DF), Gabriel Escobar, com o objetivo de prestar esclarecimentos após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% ao Brasil e, na mesma decisão, sair em defesa em de Jair Bolsonaro, réu na investigação da trama golpista conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.
De acordo com a GloboNews, o Itamaraty, comandado pelo chanceler Mauro Vieira, afirmou que a decisão do governo Trump "é inaceitável e que vai gerar consequências negativas para a relação bilateral entre os dois países”. “Não cabe aos EUA, ou a qualquer outro país, tomar partido ou se manifestar sobre questões internas”.