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Política Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025, 00:53 - A | A

Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025, 00h:53 - A | A

Moradores impactados pela megaoperação que matou 121 contam medo e opressão sobre quem vive dominado pelo tráfico

Da Redação

Os complexos da Penha — onde fica a Vila Cruzeiro — e do Alemão, em que a megaoperação policial deixou 121 mortos e um rastro de medo, trata-se de região dominada pelo Comando Vermelho (CV), e abrigam cerca de 110 mil moradores segundo dados oficiais. 

Os moradores têm suas vidas impactadas pela violência cotidianamente. As pessoas vivem entre o jugo do crime e o risco dos confrontos com a polícia. A vida nestas comunidades é controlada por câmeras do tráfico e até drones, como mostra a denúncia do Ministério Público. Os traficantes recorrem a esses mecanismos tanto para tomar conta do território como para fiscalizar as movimentações, como o posicionamento de viaturas policiais.

Segundo a Polícia, Juan Breno Malta Ramos, o BMW, gerente do tráfico na Gardênia Azul, na Baixada de Jacarepaguá, é quem controla as câmeras de segurança dentro do Complexo da Penha, monitorando, por exemplo, a chegada dos agentes. Amedrontados, os moradores evitam falar sobre determinados temas. Mas o silêncio, mais do que esconder, revela o medo.

Foto: Jose Lucena/The News S2/Estadão Conteúdo

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levam corpos para a Praça São Lucas, após a megaoperação mais letal da história do RJ.

Uma moradora do Complexo da Penha, que preferiu não se identificar, diz que as regras de conduta na comunidade vão desde a obediência ao toque de recolher, principalmente em dias de operação, até evitar fazer sinais específicos com as mãos, como, por exemplo, exibir três dedos em fotos postadas nas redes sociais. O sinal é visto como afronta nas comunidades controladas pelo CV, já que remeteria ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival. A desobediência pode resultar em punição.

“Quem mora aqui sabe que tem regra”, afirmou a moradora.

Outra moradora, esta do Alemão, de 65 anos, conta que “a gente vive num lugar onde vê o que não quer a todo momento” desabafa. 

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