O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, nesta terça-feira (17/6), uma taxação de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos ao redor do mundo, ao discursar durante a cúpula do G7, no Canadá.
"A cooperação tributária internacional é outra frente crucial para reduzir desigualdades. Taxar 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar 250 bilhões de dólares ao ano para enfrentar os desafios sociais e ambientais do nosso tempo", disse Lula, na sessão ampliada da cúpula do G7, conforme discurso lido divulgado pelo Palácio do Planalto.
Sobre os desafios ambientais, o presidente Lula defendeu uma reformulação do sistema financeiro internacional para garantir maior acesso a recursos por países menos favorecidos.
"Os membros do G7 detêm mais de 40% do poder de voto no Banco Mundial e no FMI. Tornar essas instituições mais representativas é crucial para aproximá-las das necessidades do Sul Global. Países endividados não dispõem de meios para transformar suas matrizes energéticas", criticou.
"Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos", defendeu Lula.