A inadimplência atingiu em setembro o nível recorde de 8,4 milhões de empresas, segundo levantamento da Serasa Experian. É o maior volume da série história. Desse total, 7,95 milhões são micro, pequenas e médias empresas e as MEIs respondem por 20% dele. O volume total dessas dívidas vai além dos R$ 200 bilhões.
Em setembro de 2024 a inadimplência situava-se em R$ 6,9 bilhões. Conforme a economista-chefe da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, em declaração ao Poder 360, o recorde na inadimplência é consequência de um “ambiente de juros mais elevado”, além da desaceleração na cessão de crédito no segundo semestre deste ano.
“Estamos vivendo agora as consequências desse ambiente de taxa de juros bastante restritivo com o consumo das famílias desacelerando”, afirmou a economista. Reprodução Serasa A inadimplência atinge, em primeiro lugar, o setor de Serviços com 54,7% das negativações, o Comércio vem em segundo lugar com 33,2%.
A Indústria com 8%, e outros 3,1%. O valor médio das dívidas ficou em R$ 24.074,50 no mês de setembro, uma alta de 9,5% sobre o mesmo mês de 2024. O valor médio por conta atrasada foi de R$ 3.331,30.
Este valor pode parecer baixo para grandes empresas, mas pode comprometer o fluxo de caixa de um MEI ou de uma microempresa, pondera Abdelmalack.
Em números absolutos, os estados do Sudeste concentraram o maior volume de CNPJs negativados, com total de mais de 4,5 milhões, seguidos pelos da região Sul com mais de 1,3 milhão e no Nordeste ultrapassando a marca de 1,2 milhão. O Centro-Oeste com 729 mil e o Norte com 499 mil.
São Paulo tem um destaque, sozinho, com 2,8 milhões de devedores.


