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Política Sábado, 16 de Agosto de 2025, 21:36 - A | A

Sábado, 16 de Agosto de 2025, 21h:36 - A | A

Tarifaço dos EUA influencia na queda da inflação, apontam indicadores econômicos oficiais

Da Redação

Efeito que pode ser considerado positivo das tarifas impostas no mercado interno é o impacto sobre o preço doméstico dos produtos, já que há queda nos índices e redução das projeções de inflação para este ano e o próximo

O tarifaço exerce efeito deflacionário no Brasil, pressionando para baixo os preços internos, já que diversos produtos deixam de ser exportados e permanecem no mercado doméstico. A capacidade de exportar diminui diante de parceiros como os Estados Unidos, que vêm fechando portas e impondo exigências comerciais sem diálogo.

Há um mês, o Boletim Focus projetava inflação de 5,17%, e nesta semana passou para 5,05%, a 11ª semana de queda. Nesta sexta-feira (15/8), o Itaú revisou a projeção de 2025 de 5,2% para 5,1%. Já o Santander reduziu sua previsão de 5,1% para 4,9% em 2025, mantendo 4,5% para 2026.

Reportagem do Valor desta sexta-feira (15/8) aponta que há estimativas para que o IPCA feche este ano até mesmo em 4,8%, o mesmo nível do ano passado. Isso significa que não haveria aceleração da inflação, ainda que o índice siga acima do teto da meta (4,5%).

Não é bom estar acima da meta, mas é melhor do que a perspectiva no início do ano, quando parecia que haveria uma forte aceleração. Esse cenário levou o Banco Central a subir os juros de forma significativa desde o fim do ano passado.

Os índices de preços por atacado (IGPs) também mostram quedas. O IGP-DI registrou deflação de 0,07% em julho, após queda de 1,8% em junho. No ano, o IPA industrial recua 2,5% e o IPA agrícola, 8,73%. Não é apenas uma desaceleração: é queda efetiva nos preços. Para se ter uma ideia, no IPA agrícola, junho e julho registraram quedas próximas a 3% em cada mês.

QUEDA NOS PREÇOS ALIMENTOS

No último IPCA, houve forte recuo nos preços dos alimentos, especialmente os consumidos no domicílio, que caíram 6,9%, com destaque para batata, que recuou 20%. De acordo com o economista Fábio Romão, da 4Intelligence, a projeção para alimentação no domicílio, que chegou a 7,5%, agora é de 6,1% para este ano. Em 2024, fechou em 8%.

Segundo ele, a descompressão esperada para a alimentação no domicílio, além do tarifaço, deve-se às boas safras em algumas culturas (via ganhos de produtividade), aos efeitos temporários da gripe aviária (aumentando a oferta doméstica de aves, o que afetou os preços de outras proteínas) e à redução do dólar.

Ainda de acordo com as projeções do economista, os cereais e leguminosas têm previsão de queda de 15%. Já as carnes, que subiram 20,8% em 2024, devem registrar alta menor, de 7,3%. Óleos e gorduras, após avanço de 18% no ano passado, devem encerrar 2025 com queda de 2,5%.

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