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Variedades Segunda-feira, 29 de Setembro de 2025, 20:15 - A | A

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Morre aos 99 anos Berta Loran, ícone do humor brasileiro e sobrevivente do nazismo

Nascida na Polônia, atriz chegou ao Brasil fugindo da perseguição dos nazistas e fez sucesso em humorísticos como 'Escolinha do Professor Raimundo' e 'Zorra Total, novelas e filmes

Da Redação

Berta Loran morreu aos 99 anos. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (29/09) pela assessoria de imprensa no hospital no qual a atriz, sempre lembrada por personagens humorísticos como a Manoela d’Além-Mar, da Escolinha do Professor Raimundo, estava internada em Copacabana, no Rio de Janeiro.

"O Hospital Copa D'Or informa, com pesar, o falecimento da Sra. Berta Loran na noite de domingo (28) e se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes", dizia a nota - o Copa D'Or não divulgou a causa da morte.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, a atriz era filha de um alfaiate e uma costureira judeus. Eles chegaram ao Brasil em 1937, fugindo da perseguição dos nazistas, antes da Segunda Guerra Mundial - os parentes que ficaram na terra natal da artista morreram.

Ela tinha como nome de batismo Basza Ajs, mas ao chegar ao Brasil, decidiu adotar Berta para não ser motivo de piada na escola. A artista cresceu no Rio e, aos 11 anos, descobriu que seria atriz, ao ficar encantada em sua primeira ida ao cinema. A estreia nos palcos aconteceu aos 15 anos, ao lado do pai, em em uma companhia de teatro judaica. "Minha profissão esteve à frente de tudo, inclusive dos dois maridos que tive", disse Berta em entrevista há alguns anos.

A veterana se consagrou na comédia e divertiu o público com personagens como Manoela d’Além-Mar, da Escolinha do Professor Raimundo. Berta também brilhou no humorístico Zorra Total e nunca escondeu seu amor pelo riso. "Você pode perder apartamento, joia, dinheiro, e até um grande amor – 30 anos depois, quando você o reencontra, dará graças a Deus que o perdeu. Agora, o humor não pode ser perdido. Humor é tudo na vida", disse em entrevista ao site Memória Globo.

A atriz, que entrou na emissora carioca em 1966, fez programas como Riso Sinal Aberto (1966), Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976), e A Grande Família (2012).

Também esteve em novelas como Cambalacho (1986), Torre de Babel (1998), Cama de Gato (2009), Ti-Ti-Ti (2010) e Cordel Encantado (2011). Berta também fez cinema, como o filme Jovens Polacas (2013) - seu último longa foi no filme Amarração do Amor, em 2021, com Cacau Protásio.

Na vida pessoal, a atriz viveu altos e baixos e teve dois casamentos. O primeiro foi com o ator Saul Handfuss, que era 31 anos mais velho que ela. Nessa primeira relação, ela chegou a passar necessidades e fez dois abortos, que a impossibilitaram de ter filhos no futuro. "Antigamente, eles enfiavam uma gilete na gente. Não sei como não morri", contou em entrevista em 2012.

O segundo casamento foi com o negociante Júlio Jacoba, com quem foi casada por 22 anos. A atriz contou que os oito primeiros anos da relação foram ótimos, mas depois o casal se distanciou. "Comecei a fazer teatro, comerciais e televisão. Ele não tinha mulher e foi procurar fora, é claro. Tinha razão", falou a atriz, que nos últimos anos vivia reclusa e evitava entrevistas.

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