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Esporte Quinta-feira, 25 de Setembro de 2025, 18:33 - A | A

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Bernie Ecclestone contesta ação de Massa sobre 2008: “Não havia evidências suficientes na época”

Bernie Ecclestone disse não se lembrar de entrevista que baseou pleito e afirma que GP de Singapura não tinha como ser cancelado. Primeiras audiências do processo serão em outubro

Da Redação

Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone questionou o processo de Felipe Massa, que contesta o resultado do campeonato de 2008 da categoria e, em especial, a manutenção do GP de Singapura daquele ano. A temporada foi marcada pelo escândalo conhecido como “Singapuragate”, batida proposital de Nelson Piquet Jr para ajudar Fernando Alonso a vencer pela Renault.  

Uma das bases para o processo do ex-ferrarista é uma fala de Bernie. Em entrevista concedida ao “F1 Insider” em 2023, o ex-dirigente afirmou que sabia da intenção da batida de Nelsinho ainda em 2008, o que possibilitaria a revisão da corrida. No entanto,

Ecclestone se defendeu em entrevista concedida ao “The Times” nesta semana e afirmou que não havia como o caso ter sido investigado antes do término daquela temporada.  

– Não havia a menor chance no mundo de alguém mudar ou cancelar aquela corrida. Sempre há alguma coisa acontecendo em que alguém gostaria de cancelar se pudesse. Tentar persuadir o presidente da FIA a convocar uma reunião extraordinária em que a FIA teria de cancelar a corrida... não havia previsão para que isso acontecesse – declarou o empresário de 94 anos.

De acordo com o britânico, Max Mosley, à época presidente da FIA, também sabia que não havia evidências suficientes para que o caso fosse investigado.  

– Max (Mosley) sabia que não havia evidências suficientes na época para fazer qualquer coisa. Isso só começou depois, quando o jovem Nelson decidiu que queria dizer algo ao descobrir que não teria um assento para o ano seguinte. Max não estava dizendo que devíamos encobrir isso, mas apenas que não era bom para a imagem da Fórmula 1 – disse.

Bernie, inclusive, chegou a questionar o entendimento do repórter sobre a língua inglesa e afirmou que sequer se lembra da entrevista.  

– Essa foi uma entrevista que dei a alguém na Alemanha, e o sujeito, na época, não tinha um inglês muito bom e estava tomando notas, e isso foi retomado por alguém na Inglaterra. Os advogados, tanto meus quanto da FIA e da F1, não entendem como isso pode ser ouvido em um tribunal – concluiu.

As primeiras audiências da ação de Felipe Massa na Superior Corte de Justiça de Londres vão acontecer entre os dias 28 e 31 de outubro. No processo, Massa não só questiona o resultado do campeonato de 2008, mas também quer que a FIA assuma ter violado os próprios regulamentos por não ter investigado a batida.

O brasileiro também cobra 64 milhões de libras (cerca de R$ 457 milhões, na atual cotação). O valor considera o bônus que Massa receberia pelo título de 2008, a diferença de salário que ele poderia ter negociado como campeão mundial, oportunidades de publicidade e patrocínio e o que, de fato, Massa poderia ter recebido até o fim de sua carreira na Fórmula 1.

Felipe também deu declaração ao jornal inglês e afirmou que espera que os citados no processo sejam responsabilizados “para prevenir fraudes futuras”. O piloto de 44 anos quer levar o caso até o fim e classificou a conduta da FIA, da FOM e de Bernie Ecclestone no caso como “inaceitável”:

– Responsabilização é a chave para prevenir fraudes futuras. Aqueles a quem foi confiada a proteção do esporte violaram diretamente seus deveres e não podem ser autorizados a se beneficiar ao encobrir sua própria má conduta. Essa conduta é inaceitável em qualquer esfera da vida, especialmente em um esporte seguido por milhões, incluindo crianças. Vamos levar isso até o fim para alcançar um desfecho justo e correto - para mim, para o automobilismo no Brasil e para o esporte como um todo – afirmou.

Massa perdeu o campeonato de 2008 por um ponto, depois da dramática ultrapassagem de Lewis Hamilton sobre Timo Glock na última volta do GP do Brasil. No entanto, o "Singapuragate" só se tornou público em 2009, no GP da Hungria. À época, o regulamento esportivo da F1 só permitia a contestação de resultados até a cerimônia de premiação da FIA, realizada em dezembro de cada ano.

Felipe Massa era o líder daquele GP de Singapura até o momento da batida proposital de Nelsinho Piquet. Ao entrar nos boxes, o brasileiro perdeu muito tempo devido a um erro da Ferrari, que deixou a mangueira de reabastecimento de combustível presa ao carro na saída do piloto. O brasileiro acabou em 13º, fora da zona de pontuação; Hamilton, por sua vez, foi terceiro colocado e somou seis pontos, cruciais na conquista do campeonato.

O piloto brasileiro entrou com a ação na Justiça por considerar que Bernie já tinha conhecimento da situação em 2008, quando o resultado ainda poderia ser modificado. Em caso de anulação da prova em Singapura, por exemplo, Massa terminaria o campeonato com 97 pontos, contra 92 de Hamilton.

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