Segundo o órgão, a parcela da população de 60 anos ou mais que exercia alguma atividade formal ou informal aumentou de 23% em 2023 para 24,4% em 2024.
O índice da pesquisa indica que 1 em cada 4 habitantes de 60 anos ou mais tinha alguma atividade laboral no país em 2024.
O recorde ocorreu em meio ao cenário de envelhecimento da população e, segundo o IBGE, veio a partir da melhora do mercado de trabalho depois da pandemia. Mas o dado mais significativo são os valores baixos das aposentadorias. Cerca de 70% dos aposentados e pensionistas do INSS recebem o equivalente a até um salário mínimo, proporção que se refere a aproximadamente 28,5 milhões de beneficiários. Dessa forma, continuar trabalhando é exigência básica para suprir a sobrevivência, ante os baixos valores das aposentadorias recebidas pelos idosos.
TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA E INFORMALIDADE SÃO MAIORES ENTRE IDOSOS
Os dados do IBGE indicam que a principal forma de inserção dos idosos no mercado é por meio do trabalho por conta própria. Os autônomos representavam 43,3% dos ocupados de 60 anos ou mais em 2024. É um percentual superior ao registrado entre a população de 14 anos ou mais (25,2%).
Mais da metade dos idosos ocupados (51,1%) atuava como conta própria (43,3%) ou empregador (7,8%). Entre a população de 14 anos ou mais, a soma dessas duas categorias (25,2% e 4,3%) chegava a 29,5%. RENDA MÉDIA R$ 3.561 MENSAL O instituto também sinaliza que a informalidade é maior entre os idosos.
Em 2024, 55,7% dos trabalhadores de 60 anos ou mais estavam em ocupações informais –mais da metade. Entre a população de 14 anos ou mais, a proporção foi de 40,6%.
Também há diferenças na renda média. O rendimento do trabalho principal foi de R$ 3.561 por mês para os idosos em 2024. Trata-se de um valor 14,6% superior ao dos ocupados de 14 anos ou mais (R$ 3.108).
Os dados divulgados nesta quarta integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa informações sobre mercado de trabalho, padrão de vida e educação.


