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Política Domingo, 09 de Novembro de 2025, 10:29 - A | A

Domingo, 09 de Novembro de 2025, 10h:29 - A | A

Banco Central quer mais arrocho, pois acha que redução do desemprego e melhoria dos salários causa inflação

Adalberto Ferreira

Na verdade, a pretexto de combater a inflação, o Banco Central (BC), estabelece uma Taxa Básica de Juro (Selic), que na prática favorece somente os banqueiros, especuladores do capital financeiro. Alavancada pela política de juros do BC, que atua como “sindicato da agiotagem”, parte expressiva dos salários, renda e faturamento das empresas é sugada pela especulação inescrupulosa.

A consequência acerca da política criminosa do BC aponta um arrocho insuportável, que provoca quebradeira generalizada na economia. Segundo a Serasa Experian, especializado em dados e informações financeiras, em julho deste ano, 8 milhões de empresas encontram-se com dívidas em atraso, ao passo que 78,2 milhões de brasileiros (quase metade da população adulta) enfrenta situação de inadimplência.

No entanto, apesar do sufocamento econômico, o comunicado do BC expedido após a última reunião de 5 e 6/11, justifica que “o cenário segue sendo marcado por expectativa desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”. Noutras palavras, apesar do remédio amargo da alta taxa de juro, a redução da taxa de desemprego, crescimento médio real de 4% ao ano dos salários e elevação do PIB, que deveriam ser vistas como resultados positivos, são considerados fatores adversos pelo Banco Central. 

No comunicado, o BC expressa que seriam necessárias uma diminuição adicional da criação de empregos e queda no ritmo de aumento de salários, para redução do consumo e queda da inflação. Em vista das falsas evidências levantadas para justificar a subserviência aos interesses do capital financeiro o BC manifestou entender a necessidade de prolongar sem definir prazo, a taxa de juro em 15% ao ano, o que vem provocando alto índice de inadimplência e quebradeira na economia. 

Um absurdo, sobretudo considerando que devido ao arrocho na economia as empresas sofrem com a falta de vendas e a dificuldade em fazer margem de lucro. A manutenção da segunda mais alta taxa real de juro do mundo é para combater a inflação, porém para empanturrar os cofres da agiotagem. A queda vertiginosa nas vendas, prestação de serviços e encolhimento dos negócios, sinalizam que o consumo, serviços e negócios enfrentam baixo nível de procura. Então, que combate é esse à inflação, diante da queda da demanda na economia?

Segundo o BC, é preciso que a inflação “convirja” para 3%. Tal narrativa seria motivo para aprofundar o debate sobre o estabelecimento de metas de inflação mais realistas, caso a intenção do Banco Central fosse séria. Todavia, o objetivo não é combater a inflação, mas favorecer os magnatas do capital financeiro, como já afirmamos. A meta de 3% é inalcançável, haja visto a inflação ficou fora do intervalo de tolerância em três dos últimos quatro anos: 2021, 2022 e 2024. Em 2021 a meta era de 3,75% com intervalo de 1,5%, o que indicava 5,25% ao ano e alcançou 10,06%. No ano seguinte (2022) a inflação fechou com aumento de 5,79%, sendo que a meta era de 3,5% e teto de 5%; em 2024 a meta era 3% e teto 4,5%, tendo atingido 4,83%.

A fixação de metas muito baixas e inalcançáveis, conforme demonstrado, é um meio para legalizar o aumento do juro, sob a falsa alegação da necessidade de controlar os preços e barrar a inflação, o que inviabiliza que o pais se desenvolva em sua plenitude, impondo o arrocho como pesado fardo para a economia. 

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