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Política Quinta-feira, 18 de Setembro de 2025, 05:03 - A | A

Quinta-feira, 18 de Setembro de 2025, 05h:03 - A | A

Dados do SPC demonstram que juros extorsivos e salários baixos elevam inadimplência dos brasileiros

72 milhões de consumidores não conseguem pagar as contas, alertam diretores lojistas. Bancos detêm 66,52% das dívidas

Da Redação

Em agosto, o número de brasileiros com contas atrasadas chegou a 71,78 milhões, um recorde histórico no levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil desde 2015. Os números foram divulgados pelas entidades na terça-feira (16/9).

Com o número de inadimplentes, representando 43,13% da população adulta do país, a CNDL afirma que o “Brasil chegou a um número preocupante”, refletindo as dificuldades financeiras enfrentadas por milhões de brasileiros. Em relação a agosto de 2024, o aumento do número de consumidores inadimplentes aumentou 9,20%. A variação mensal teve alta de 0,71% em relação a julho deste ano.

QUEDA PROFUNDA NAS VENDAS A CNDL

Pontua que, a taxa básica de juros “ficou num patamar muito alto”. Soma-se a isso, os salários baixos e os preços dos alimentos que consomem boa parte do orçamento. Apesar dos altos índices de emprego, a população aumenta seu endividamento para completar a renda e adquirir necessidades básicas, entre outros bens.

Nesta situação, a entidade afirma que os altos índices de inadimplência não afetam apenas a saúde financeira da população, mas impacta diretamente na economia, “na atividade de lojistas que vendem a prazo, especialmente os pequenos e médios empresários”.

“Estamos tendo quedas profundas de vendas, efeito, é lógico, da taxa de juros”, alerta Roque Pellizzaro Júnior, presidente da SPC Brasil.

MAIS DA METADE BRASILEIROS COM DÍVIDAS EM ATRASO

De acordo com a pesquisa, mais da metade dos brasileiros entre 30 e 39 anos – fase marcada por maiores responsabilidades financeiras familiares – está com dívidas em atraso. A alta anual de devedores foi impulsionada, principalmente, por dívidas com tempo de atraso de três a quatro anos, que tiveram um crescimento de 39,69%. segundo a CNDL. Os juros altos impactam diretamente nisso, encarecendo dívidas contraídas no passado e impossibilitando a sua quitação.

“Os dados de agosto de 2025 mostram um cenário desafiador. O aumento da inadimplência, e o fato de quase metade da população adulta estar negativada, são sinais de que as famílias brasileiras continuam com dificuldades para reequilibrar suas finanças. A alta expressiva em dívidas de três a quatro anos sugere um problema estrutural de longo prazo, onde o consumidor se vê preso em um ciclo de endividamento do qual é difícil sair”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa, defendendo políticas públicas que “retomem o consumo de forma saudável e contribuam para o crescimento econômico do país”. 

O valor da dívida média em agosto foi de R$ 4.758,04. O setor bancário é o principal credor, concentrando 66,52% das dívidas sujeitas à taxas de juros absurdas do cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos. Em seguida aparecem Água e Luz (10,15%), Comércio (9,34%) e Outros (8,25%).

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