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Política Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025, 13:45 - A | A

Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025, 13h:45 - A | A

Líder Senado negociou apoiar dosimetria em troca tributação de bets, fintechs e juros sobre capital próprio

Senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, negociou sem autorização do governo e irritou Lula, que pode vetar projeto, conforme informou Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais.

DA REDAÇÃO

A votação do PL da dosimetria no plenário ocorreu após um acordo de procedimento articulado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), diante da avaliação de que a aprovação já era inevitável. Em troca, buscou apoio para acelerar a tramitação de um projeto de interesse da equipe econômica que corta incentivos fiscais e eleva a tributação de bets, fintechs e juros sobre capital próprio. “A dosimetria já tinha maioria formada. Eu fiz um acordo de procedimento, não de mérito, para não travar a pauta econômica.

A responsabilidade é minha”, afirmou Wagner durante a sessão. De acordo com aliados do governo, Lula ficou irritado com a iniciativa de Wagner. AJUSTE DE PENAS As primeiras versões do texto chegaram a prever o perdão de crimes que extrapolavam os atos golpistas e poderiam beneficiar, inclusive, parlamentares investigados por participação em articulações antidemocráticas, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Mesmo com a limitação, o projeto segue alcançando Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, crimes enquadrados no mesmo contexto fático do 8 de janeiro.

O relator da proposta no Senado, Esperidião Amin (PP-SC), afirmou que o parecer busca corrigir distorções do texto aprovado pela Câmara para impedir que a mudança na dosimetria penal produza efeitos além dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo ele, o objetivo é assegurar proporcionalidade sem abrir brechas para outros crimes.

REAÇÃO ANUNCIADA

A votação expôs tensões internas no governo. Embora parlamentares do PT tenham atuado para tentar adiar a análise, os principais líderes evitaram protagonismo público. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), participou da votação e se posicionou contra o projeto. Na Câmara, o PT já anunciou reação jurídica.

O líder da bancada, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que acionará o STF caso o projeto seja sancionado, sob o argumento de que houve mudança de mérito e violação ao devido processo legislativo.

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