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Política Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025, 09:55 - A | A

Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025, 09h:55 - A | A

Recorde da inadimplência eleva número de empresas a 8 milhões de CNPJs negativados

Da Redação

Enquanto as famílias seguem endividadas, as empresas também enfrentam desafios no fluxo de caixa. Desde o início deste ano, a inadimplência das empresas vem batendo recorde dentro da série histórica do Serasa Experian. Em agosto deste ano, o indicador chegou a 8,1 milhões de CNPJs negativados – eram 6,9 milhões no mesmo mês do ano passado e 7,1 milhões em janeiro deste ano. Ao todo, o país tem 24,5 milhões de empresas ativas.

O valor médio da dívida também subiu. O volume foi de R$ 21,6 milhões em agosto de 2024 para R$ 24,6 milhões em agosto deste ano. Proporcionalmente, as empresas estão devendo mais em serviços (31,9%), seguido por bancos, cartões e financeiras (23,4%).

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe e gerente executiva de estudos econômicos da Serasa Experian, a dificuldade das empresas em honrar compromissos pode ser reflexo da desaceleração da demanda, que já vem sendo sentida em muitos setores, da deterioração da margem de lucro, além do acesso mais restrito ao crédito, que desde 2022 supera os dois dígitos.

Com o aumento da dívida média e a perspectiva de juros elevados por mais tempo, a perspectiva para 2026 é que as empresas invistam cada vez menos, reduzam o ritmo de contratação e até elevem o número de demissões. 

“A inadimplência deve se manter elevada em 2026 diante do quadro de crédito mais restritivo [com Selic chegando a 12% ao fim do ano], especialmente com restrição de capital de giro. Além disso, será um ano eleitoral, que traz volatilidade e incertezas, e muitas empresas postergam as decisões estratégicas. O ambiente de negócios deve ficar mais cauteloso, com foco na preservação de caixa”, avalia.

As micro e pequenas empresas, que representam 93% das empresas ativas no Brasil, devem sentir mais a restrição ao crédito por terem menor margem de manobra financeira e uma gestão menos profissionalizada.

Para elas, a saída será, cada vez mais, controlar o fluxo de caixa, renegociar dívidas, alongar prazos de pagamento, além de profissionalizar a gestão para atravessar o ano que vem com maior resiliência.

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