Apesar de ter ido ao ar há mais de 20 anos, Desperate Housewives ainda causa impacto em novas gerações. Uma das protagonistas da série, Eva Longoria, diz que até hoje é parada na rua por fãs -- a diferença é que agora eles são cada vez mais jovens.
"Muitos jovens vêm falar comigo e dizer que me amam e eu fico, tipo: 'Como assim, você só tem 12 anos?", diz ela, aos risos, em entrevista. A atriz deu vida à ex-modelo Gabrielle Solis, casada com o bonitão Carlos Solis [Ricardo Antonio Chavira]. A personagem foi responsável por catapultar Longoria, até então relativamente desconhecida, ao estrelato internacional.
"Ano após ano, vejo tantos vídeos no TikTok… Desperate Housewives está de volta. Eu penso: 'Meu Deus, as pessoas estão redescobrindo a série!'. O fato de ainda ser relevante, de ainda entreter, é um presente", diz. "É porque eu não envelheci nem um pouquinho", brinca ela, em referência a um dos bordões mais conhecidos de Solis, que é ex-modelo.
Conhecida por sua vaidade, sarcasmo e apreço pelo luxo, Gabby ganha camadas emocionais mais complexas ao longo das oito temporadas da série. Desde o lançamento, em 2004, é uma das personagens favoritas do público e da crítica, graças ao carisma da atriz e o timing cômico que trouxe às tiradas da dona de casa, hoje virais nas redes. À época, Eva foi indicada ao Globo de Ouro e ganhou prêmios como o Screen Actors Guild Award (junto ao elenco).
Duas décadas depois, aos 50 anos Eva se mantém relevante em Hollywood e atribui a permanência também às mudanças de paradigmas da indústria. "Acho que envelhecer, para mim, é só um número. E o que está acontecendo na nossa indústria é que muitas mulheres estão trabalhando mais depois dos 50", reflete.
"A Salma [Hayek], por exemplo, sempre diz que conseguiu os melhores papéis depois dos 50. E tantas outras atrizes também. Hoje, existem muito mais papéis disponíveis para nós. Acho que isso se deve ao aumento de diretoras e roteiristas mulheres por trás das câmeras, criando essas oportunidades e contando essas histórias", diz.