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Variedades Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 05:08 - A | A

Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 05h:08 - A | A

Remoção de tatuagem como a de Raquel em Vale Tudo é possível? Especialistas explicam cuidados e riscos

Cena da novela reacende debate sobre técnicas, limitações e efeitos do procedimento a laser

Da Redação

Em Vale Tudo, Raquel (Taís Araujo) descobriu finalmente as armações da filha Maria de Fátima (Bella Campos) e cortou as relações com ela, em um capítulo que já entrou para a história. Irritada, a cozinheira pesquisou na internet como remover a tatuagem com o nome da primogênita que tem em cima do peito.  

Após a pesquisa, iniciou o tratamento a laser em uma clínica especializada, como foi mostrado no final do capítulo da última terça-feira (08/07). Na trama, Raquel disse que leu que talvez precisasse de quatro, seis ou mais sessões para retirar toda a tattoo. Mas isso é possível mesmo?

A dermatofuncional Michele Nishioka  afirma que, sim, é possível remover 100% da tatuagem, mas tudo vai depender da profundidade com a qual ela foi feita, das cores usadas e da tonalidade da pele. Mas também podem ocorrer casos em que ficam algumas marcas residuais.  

O desejo de eternizar essas paixões, como nome dos filhos, é comum na maior parte do mundo, segundo dados do site "WorldAtlas", especializado em pesquisas voltadas para sociologia, meio ambiente e economia.

No ranking publicado em setembro do ano passado, o Brasil ocupava o nono lugar com 37% de tatuados. Ao mesmo tempo, de acordo com um levantamento da plataforma de idiomas "Preply", o país é o segundo com o maior índice de remoção de tatuagem: são mais de 275 mil casos por ano, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 1 milhão.  

Quais métodos de remoção de tatuagem são estes?

Nishioka cita que existem alguns procedimentos comuns, mas que caíram em desuso por oferecem maior risco de cicatrizes e outros danos a pele. Entre eles estão: a dermoabrasão (dispositivo abrasivo que lixa as camadas superficiais da pele e retiram o pigmento), os peelings químicos (que atingem as camadas superficiais da pele e fazem uma remoção parcial) e a criocirurgia (pigmento congelado com nitrogênio líquido que "destrói" a região tatuada).

Ela destaca que a remoção a laser é a "mais avançada e eficaz" até o momento. O equipamento, chamado Syrius, funciona emitindo pulsos de luz que quebram os pigmentos da tatuagem em partículas menores, permitindo que o sistema imunológico os elimine gradualmente.

Por isso, cada caso deve ser avaliado por um médico para entender a quantidade de sessões recomendadas para dar adeus àquela tatuagem que se tornou indesejada.  

Existem pigmentos mais difíceis de serem apagados?

Sim! Este é outro fator que pode influenciar no resultado após o laser, além da tonalidade da pele. Isso porque, de acordo com a especialista, as cores claras (como verde, amarelo e azul) apresentam menor absorção da luz emitida pelo laser e, por isso, exigem “equipamentos que possuam mais ponteiras com comprimentos de ondas diferentes” para otimizar o alcance e melhorar a eficácia.

Por esse mesmo motivo, também é necessário considerar a tonalidade da pele de cada paciente ao determinar a frequência do aparelho.

“Em peles claras, a remoção tende a ser mais eficaz e com menor risco de efeitos adversos, como hiperpigmentação (escurecimento) ou hipopigmentação (clareamento). Já em peles escuras, é necessário ajustar o laser para comprimentos de onda específicos, minimizando o risco de danificar a melanina natural e reduzindo possíveis complicações”, detalha Michele Nishioka.

O tamanho da tattoo é mais um ponto que pode impactar na quantidade de sessões e nos cuidados pós-procedimento, como no caso de pessoas tatuam parte do corpo de preto, as chamadas "blackout": "Embora essa cor seja mais responsiva ao laser, a densidade e a profundidade do pigmento em tatuagens grandes exigem várias sessões para obter resultados satisfatórios", explica a dermatofuncional.  

Quais os riscos e cuidados ao remover uma tatuagem?

Como na maioria dos procedimentos estéticos, o protetor solar é sempre o protagonista no pós-tratamento e desta vez não é diferente: a recomendação é usar opções com fator de proteção acima de 50 para evitar manchas ou hiperpigmentação. Veja mais dicas da expert:

Manter a área tratada limpa com água morna ou fria e sabão, sem esfregar, e seque suavemente com uma toalha;

Use pomadas ou cremes reparadores e calmantes, como antibacterianos ou cicatrizantes;

Evitar exposição direta ao sol por, pelo menos, 4 a 6 semanas;

Não coce a área tratada, não estoure possíveis bolhas e, em hipótese alguma, arranque as casquinhas que se formarem na pele;

Após a cicatrização inicial, a pele deve ser hidratada com produtos específicos que auxiliem sua regeneração;

Nada de piscina, praia ou banho de banheira por 7 a 10 dias;

Exercícios físicos intensos que causem suor excessivo também devem ser adiados para reduzir o risco de infecções.

"É fundamental ficar atento a sinais de complicações, como vermelhidão intensa, inchaço, dor ou secreções, e procurar orientação médica caso necessário", reforça.  

Mas, como todo procedimento, este também não está livre de riscos ou efeitos colaterais. Michele destaca uma das reações mais comuns é uma inflamação que pode ocorrer durante a metabolização e destruição dos pigmentos da tatuagem:

“Além disso, durante as sessões de laser, é comum o surgimento de desconfortos, como ardência e sensação de calor na área tratada, que podem ser aliviados com o uso de analgésicos e anestésicos tópicos”.

Você removeu sua tatuagem, seguiu todas recomendações e cuidados, mas mesmo assim, ficaram algumas marquinhas. E agora, isso é normal? Infelizmente, sim. Michele explica que estas cicatrizes residuais "podem surgir devido a vários fatores relacionados ao processo de aplicação da tatuagem, características da pele e o método de remoção utilizado".

“A tatuagem pode ter sido aplicada de forma muito profunda ou com agulhas inadequadas, causando micro lesões que podem resultar em cicatrizes permanentes”, exemplifica.

Além disso, “algumas pessoas têm maior predisposição a formar cicatrizes, como queloides ou cicatrizes hipertróficas, especialmente em áreas mais sensíveis ou com alta mobilidade”.

Já lasers antigos ou mal calibrados podem causar queimaduras ou lesões na pele. Fique atento, ainda, para a quantidade de sessões e o intervalo entre cada uma delas, uma vez que esse processo pode enfraquecer a pele e dificultar sua regeneração completa.

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